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ID
3654250
Banca
FUNRIO
Órgão
Prefeitura de Mesquita - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“[..] De acordo com esse mito do imigrante radical, a paralisação coletiva do trabalho seria algo tão inédito no Brasil que sequer haveria um termo disponível na língua portuguesa para nomear o fenômeno. Na falta dessa palavra, éramos obrigados a tomar de empréstimo aos franceses a palavra greve! [...]. No Brasil do século XIX, as primeiras formas de suspensão coletiva das atividades ficaram conhecidas como paredes. [...] Quando deixamos de lado a grève e mito do imigrante radical e nos dedicamos, em seguida, à pesquisa, encontramos paredes feitas por trabalhadores escravos ou trabalhadores livre nascidos e crescido em solo nativo. Desse modo alargamos nossa visão e percebemos outras formas de protesto dos trabalhadores. Antes da grève a parede dos escravos conseguia pressionar por melhores condições enquanto suspendia, temporariamente, os serviços; negociando também o retorno ao trabalho. Por isso mesmo, algumas fugas – inclusive as escapulidas curtas e individuais - eram eficazes como forma de negociação entre senhores e escravos. Aqui e ali, sumindo pelas falhas do sistema, mas deixando suas pistas em anúncios de jornal pagos por senhores que reclamavam o seu retorno, os cativos fugiam. (Negro, Antonio Luigi & Gomes, Flávio dos Santos. As greves escravas entre silêncios e esquecimentos. In: Outras palavras. net. 14 / 07 / 2016.)

Avalie se a professora de História do 8° ano propôs o uso do texto sobre escravidão no Brasil no século XIX, com o objetivo de:

I. Problematizar a concepção de que as greves operárias foram introduzidas no Brasil pelo imigrante italiano.
II. Debater com os alunos as estratégias de resistência dos negros urbanos escravizados.
III. Reafirmar a concepção de que há estreita dependência da cultura política dos trabalhadores brasileiros da cultura operária europeia do século XIX.

Assinale a alternativa correta:

Alternativas