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ID
36808
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens seguintes, considerando as posições
assumidas pelo Governo brasileiro em relação ao desarmamento
e à não-proliferação de armas.

A preocupação e o interesse com o desenvolvimento tecnológico autônomo levaram o Brasil a manter-se, entre os anos sessenta e oitenta do século XX, à parte dos principais regimes de não-proliferação e de controle de tecnologias sensíveis, posição esta revista a partir dos anos noventa do século XX, em razão de imperativos políticos e econômicos ditados pela necessidade, de parte do Brasil, de redefinir as bases de sua inserção internacional e de garantir acesso a insumos essenciais ao seu desenvolvimento econômico e científico-tecnológico.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo

    O Brasil só aderiu ao TNP sob o governo de FHC (1998), ou seja, três décadas após a conclusão do pacto. 

  • Pessoal, me ajudem.... eu pensei no Tratado de Tlatelolco que o Brasil assinou e ratificou em 1967, o que para mim tornaria o item errado. Se alguém puder explicar, agradeço.

  • Lívia, o Brasil não assinou o TNP de imediato. Costa e Silva deixou claro que o Brasil não concordava com os termos do acordo. Para ele o acordo causaria um congelamento de poder na ordem global. A Índia também não assinou, sob a alegação de ser um instrumento para "desarmar os desarmados". O Brasil desenvolveria tecnologia nuclear para fins pacíficos e já era signatário do tratado de Tlatelolco, que vedava armas nucleares na América do Latina, além de estar em constante transparência nesse quesito com a Argentina, principal interessada em não ver o Brasil nuclearizado no ambito regional ( ABACC). Somente com FHC que o Brasil seria signatário do TNP, porém não assina o protocolo adicional que julga ser invasivo a soberania, por prever inspeções inopadas da AIEA.  Importante lembrar que, nesse contexto de Costa e Silva, a Política externa Brasileira não seguia o Americanismo incondicional, mas adotava a tese da autonomia pelo distanciamento e aproximava-se do terceiro mundismo. Resumindo, o Brasil estava mais preocupado em buscar novos parceiros e defender seus interesses do que ficar babando os EUA.

  • Lívia, refletindo sobre a questão, o Brasil apenas ratica o tratado de Tatelolco em 1994, o que torna a questão correta!