SóProvas


ID
3729892
Banca
INAZ do Pará
Órgão
Prefeitura de Terra Alta - PA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos


Metade dos jovens corre risco de não se inserir no mercado de trabalho
Relatório do Banco Mundial mostra que 52% dos brasileiros entre 19 e 25 anos perdem interesse pelos estudos

     Estudo do Banco Mundial (Bird) divulgado nesta quarta-feira mostra um cenário de desalento para a juventude. Com um sistema educacional falho e pouco conectado com as necessidades do setor privado, 52% dos jovens entre 15 e 29 anos perde interesse pelos estudos e corre risco de não conseguir se inserir no mercado de trabalho. São pessoas que se encontram em três situações: desistiram da escola, conciliam os estudos com trabalho informal ou estão defasados na relação idade/série.
   Segundo o Banco, em 2015, somente 38% dos adolescentes estavam na série correta. Aos 18 anos, metade já está fora da escola. A fragilidade da educação dos jovens compromete a produtividade do país, alerta o Bird.
     Com o rápido envelhecimento da população, o Banco Mundial alerta que o Brasil pode estar perdendo a “última onda da transição demográfica”, ou seja, a última parcela significativa de jovens ingressando na população ativa do país. Segundo o relatório, o potencial de produtividade brasileiro será cada vez mais determinado pela atual juventude. Para isso, será necessário aprimorar a capacidade das instituições de desenvolver as competências do jovem e do mercado de trabalho de engajá-los plenamente na economia.
    “A última onda da transição demográfica do Brasil está chegando ao auge. Equipado com políticas de competências e empregos sólidas e adequadas, especialmente para os jovens, o Brasil pode superar a posição de renda média surfando essa onda. A alternativa é que essa onda quebre, e afunde a perspectiva do país em atingir novos níveis de prosperidade compartilhada”, alerta o documento.

SÓ 43% TÊM ENSINO MÉDIO. NOS PAÍSES RICOS, SÃO 65%
        A maior evasão escolar é no Ensino Médio: apenas 43% das pessoas com mais de 25 anos tiveram essa etapa dos estudos concluída. A média dos países ricos da OCDE é de 65%. Nos Estados Unidos, 88%. Mesmo quem termina o Ensino Fundamental, no entanto, já tem importantes deficiências de aprendizagem, na avaliação do relatório. O Bird analisa que há uma falta de interesse pelos conteúdos acadêmicos, resultado de um currículo escolar “muito mais voltado para a memorização do que para o pensamento crítico” e sem correlação direta com o que será exigido no mercado de trabalho.
     O Banco ainda aponta que o jovem brasileiro não tem a real noção do valor efetivo da educação para seu futuro, como o impacto que anos a mais de estudo geram no salário, por exemplo. “Se jovens acham que o investimento em educação adicional não se coaduna com os empregos que desejam no mercado de trabalho, e/ou se dão pouco peso à possibilidade (incerta) de aumento de remuneração futura, isso aumenta sua probabilidade de abandonar a escola e ir para o mercado de trabalho com a bagagem atual, ao invés de debater-se com a falta de oportunidade sem renda alguma”, aponta o estudo.

IMPACTOS NA PRODUTIVIDADE DO PAÍS
         A pesquisadora Rita Almeida, uma das responsáveis pelo estudo, explica que esse risco de o jovem não se inserir no mercado de trabalho, chamado pelo Bird de “desengajamento econômico”, tem reflexos diretos na produtividade do país. Com as deficiências na educação, o Brasil é o único país em que anos a mais de estudo não impactam a produtividade do país. Para se ter uma ideia, na Coreia do Sul, um ano a mais de escolaridade gera US$ 7 mil para a economia.
   - O impacto fundamental de um alto risco de desengajamento econômico é ter um jovem com oportunidade baixa no mercado de trabalho. E isso tem consequências muito importantes para o crescimento e para a produtividade. O Brasil perde em capacidade de competir e de ter uma economia dinâmica e competitiva - aponta.
    O relatório considera que o país tem conseguido avanços na área da educação, como o aumento do número de matrículas e do acesso à educação e a diminuição da evasão escolar. O Bird elogia ainda a reforma do Ensino Médio, aprovada no Congresso Nacional no início do ano passado. Segundo o documento, as mudanças vão no caminho certo, mas ressalta que apenas esses esforços não são suficientes e enfatiza que as alterações no modelo educacional devem começar desde a primeira infância.
     Entre outras políticas sugeridas para estimular a permanência de mais anos na escola estão programas para reduzir a gravidez na adolescência, programas de transferência ligados à conclusão do ensino médio e disseminação dos retornos da educação para o futuro do jovem no mercado de trabalho.
        O Banco Mundial mostra ainda que os jovens foram os que mais sofreram com a última crise econômica. Em tempos de recessão, eles são os primeiros a perder o emprego e os que mais têm dificuldade de encontrar um novo trabalho. De 2013 a 2015, a taxa de desemprego juvenil ficou em níveis muito superiores à média brasileira. Em 2015, por exemplo, ficou próxima dos 20%, enquanto o índice brasileiro ficou em cerca de 8% (com base em dados da Pnad).
                       Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/metade-dos-jovens-corre-risco-de-nao-se-inserir-no-mercado-de-trabalho-22463218. Acesso em: 25/08/2018

A próclise em “São pessoas que se encontram em três situações” se justifica por:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    ✓ “São pessoas que se encontram em três situações”. 

    ➥ Pronome relativo "que" sendo fator de atração do pronome oblíquo átono, fator de próclise (=que se encontram). O pronome relativo retoma o substantivo "pessoas" e equivale a "as quais". 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Que é uma partícula atrativa, logo atrai o pronome.

  • GAB E

    QUE -SE

  • A colocação pronominal deverá ser feita antes do verbo apenas quando houver palavras atrativas que justifiquem o adiantamento do pronome, como:

    Palavras negativas (não, nunca, ninguém, jamais,…).

    Conjunções subordinativas (embora, se, conforme, logo,...).

    Pronomes relativos (que, qual, onde,…).

    Pronomes indefinidos (alguém, todos, poucos,…).

    Pronomes demonstrativos (isto, isso, aquilo,…).

    Frases interrogativas (quem, qual, que, quando,…).

    Frases exclamativas ou optativas.

    Preposição em mais verbo no gerúndio.

    Advérbios, sem que haja uma pausa marcada. Havendo uma pausa marcada por uma vírgula, deverá ser usada a ênclise.

    Fonte: Colocação pronominal: próclise, mesóclise e ênclise - Norma ...www.normaculta.com.br 

  • O "que" quando pronome relativo = Fator de próclise.

    Há pessoas que nos tratam com carinho.

  • A questão é sobre colocação pronominal e quer que justifiquemos o uso da PRÓCLISE em "São pessoas que se encontram em três situações". Vejamos:

     . 

    A) Acompanhar uma conjunção subordinativa.

    "Acompanhar uma conjunção subordinativa" é um fator de próclise, mas não justifica o uso da próclise na frase "São pessoas que se encontram em três situações". Nesse caso usou-se a próclise por causa do pronome relativo "que".

     . 

    B) Estar em uma oração reduzida de gerúndio.

    Essa oração não é reduzida de gerúndio (final ndo)

     . 

    C) Acompanhar um advérbio.

    "Acompanhar um advérbio" é um fator de próclise, mas não justifica o uso da próclise na frase "São pessoas que se encontram em três situações". Nesse caso usou-se a próclise por causa do pronome relativo "que".

     . 

    D) Estar em uma oração na qual o infinitivo não está flexionado.

    Errado. Isso não é fator de próclise. O outro erro é dizer "infinitivo não flexionado", pois, na frase em questão, o infinitivo está, sim, flexionado: "encontram".

     . 

    E) Acompanhar um pronome relativo.

    Certo. Em "São pessoas que se encontram em três situações" temos um fator de próclise: a presença do pronome relativo "que".

     . 

    PRÓCLISE (pronome ANTES do verbo)

    É obrigatória quando houver palavra que atraia o pronome para antes do verbo. As palavras que atraem o pronome são:

    1) Palavras de sentido negativo. Ex.: Nunca me deixaram falar.

    2) Advérbios. Ex.: Sempre me lembro deles.

    3) Pronomes indefinidos e demonstrativos neutros. Ex.: Tudo se acaba / Isso te pertence.

    4) Conjunções subordinativas. Ex.: Quando nos viu, chorou.

    5) Pronomes relativos. Ex.: Há certas pessoas que nos querem bem.

     . 

    MESÓCLISE (pronome NO MEIO do verbo)

    É obrigatória com verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja antes palavra atrativa. Ex.: Convidar-me-ão para a formatura. / Convidar-me-iam para a formatura.

     .

    ÊNCLISE (pronome APÓS o verbo)

    É obrigatória com:

    1) Verbo no início da frase. Ex.: Passaram-me a resposta.

    2) Verbo no imperativo afirmativo. Ex.: Meninos, calem-se.

    3) Verbo no gerúndio. Ex.: Chegou, falando-nos grosseiramente.

    Obs.: Se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá PRÓCLISE. Ex.: Em se tratando de regras, sou leiga. / Saiu da sala, não nos dizendo as razões.

    4) Verbo no infinitivo impessoal. Ex.: Era necessário ajudar-te.

    Gabarito: Letra E

  • Assertiva E

    A próclise em “São pessoas que se encontram em três situações” se justifica por: Acompanhar um pronome relativo.