Pastoreio
Fui pastor de destinos
soltos nas ventanias.
Fui pastor de sonhos,
de abismos e insônias.
Hoje pastoreio as horas,
colho o mel das palavras.
Pastoreio metáforas
na inocência do branco.
Pastoreio murmúrios
diluídos nos ermos
Pastoreio estribilhos
na memória e nas veias
Ovelhas não navegam
as águas de meus olhos.
Ovelhas não ruminam
o itinerário de meu verbo.
Ovelhas não buliram
a sofreguidão de meu rosto.
Hoje sem dardos e cajado
pastoreio a mim mesmo...
OLIVEIRA, Joanyr de. Disponível em:
hop://www.jomaldepoesia.jor.br/Ijoanyr2.html#pastoreio.
Acesso em: 14 maio 2018.
No poema, o narrador enaltece o pastoreio,
apresentando, num jogo de palavras, como figura
de linguagem predominante: