- ID
- 3759676
- Banca
- FGR
- Órgão
- Prefeitura de Cabeceira Grande - MG
- Ano
- 2018
- Provas
- Disciplina
- História
- Assuntos
As ideias messiânicas foram apropriadas por Fernão Lopes, que construiu a imagem de D. João como uma espécie de chefe messiânico, cujas atitudes são sancionadas por Deus. As suas ações possuem proximidade com os reis do Antigo Testamento e a própria figura de do Mestre de Avis tem analogias a Cristo, sendo Nuno Álvares, seu comandante militar, associado a S. Pedro, que levaria o povo eleito, a uma terra de leite e mel. Esse messias é incondicionalmente apoiado pelo povo português, o “povo do Messias de Lisboa”. Os que são partidários do Mestre, neste discurso são os bons cristãos e considerados “bons portugueses”: a população de Lisboa e os nobres segundos. Já a nobreza tradicional e o rei de Castela, que por sua vez apoia o papa de Avignon, passam a ser apresentados no discurso do cronista como o “outro”, a representação do Mal. D. João é visto como o verdadeiro “protetor” da nacionalidade portuguesa, com apoio de Deus e do povo português.
O cronista Fernão Lopes (1385-1460) foi contratado oficialmente para escrever sobre a vida dos reis portugueses da Dinastia de Avis, especialmente a respeito de Dom João I, o Mestre de Avis.
Sobre esse tipo de discurso, considerando o contexto histórico português, é CORRETO afirmar: