- ID
- 3760492
- Banca
- CPCON
- Órgão
- Prefeitura de Sumé - PB
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- Biologia
- Assuntos
Recentemente uma equipe de pesquisadores identificou que o enhancer, uma região do DNA até então considerada como “DNA lixo”,
estava relacionada com o desenvolvimento de membros nos vertebrados. A primeira evidência para essa inferência foi a partir de um
experimento que analisava a expressão do enhancer de 17 vertebrados, incluindo peixes, aves, mamíferos, lagartos e cobras. A equipe
clonou o a região do enhancer de cada um destes vertebrados em plasmídeos, que foram injetados em camundongos. Os resultados do
experimento mostraram que, com exceção do enhancer da cobra, todos os outros imprimiram expressão na pata do camundongo.
Em um segundo momento, utilizando a técnica Crispr, pesquisadores substituíram o enhancer de um camundongo pelo enhancer de
uma cobra. O resultado foi o desenvolvimento de um camundongo sem patas. Após identificar a diferença do enhancer das cobras em
relação ao das outras espécies de vertebrados, o terceiro passo foi corrigir o DNA da cobra para tentar recapitular a função do enhancer.
Assim trocaram o enhancer do camundongo, por um enhancer corrigido de cobra. O resultado foi o desenvolvimento de um
camundongo com patas. Portanto, a pesquisa sugeriu que a degeneração do enhancer foi o motivo pelo qual as cobras deixaram de ter
patas durante o seu processo evolutivo.
Fonte: Kvon, E. Z. et al.Progressive loss of function in a limb enhancer during snake evolution. Cell 167, pp. 633–642, 2016.
A partir desse experimento, conclui-se que um dos eventos evolutivos que permitiu a perda das patas durante a evolução das cobras foi