"o trabalho socioeducativo com famílias ultrapassa a indução de reflexões internas e o uso do grupo como troca de experiências e ajuda mútua, para se transformar em instrumento de construção de um novo conhecimento, partilhado e crítico, que os leva a sair do imediatismo de suas necessidades, para entendê-las enquanto coletivas, enquanto necessidades sociais de classe, que devem ser atendidas pelo poder público, como condição fundamental para a garantia de direitos e de qualidade de vida.
O que não significa que os temas relacionados às vivências, sofrimentos, violências, decorrentes da situação de vulnerabilidade ou risco social que compartilham não sejam debatidos, refletidos, mas deve-se evitar o que Sawaya (2004) denomina “ditadura da intimidade” ou “ditadura da privacidade”, que expressa o fortalecimento da família apartheid, pois isola seus membros de outras formas de associação e grupos, fechando temas de interesse no espaço doméstico e a cargo das famílias."
Referência: TEIXEIRA, Solange Maria. Trabalho social com famílias na Política de Assistência Social: elementos para sua reconstrução em bases críticas. Disponível em: www.uel.br. Acesso em 15/06/2020.