SóProvas


ID
3770473
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

A preposição “de” destacada na frase – São crianças que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. – tem sentido de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     São crianças que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência.

    ➥ A preposição "de" traz uma ideia de especificação, especifica quais regras são essas, tanto que o termo "de convivência" exerce a função sintática de adjunto adnominal. 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva C

    especificação. = regras de convivência

  • Arthur Carvalho, você se equivocou quando falou de que o "de" (preposição) exerce a função de sintática de ADJUNTO ADNOMINAL, porque a preposição não pode exercer essa função. No caso em questão, a LOCUÇÃO ADJETIVA "de convivência" exerce a função de adjunto adnominal

  • Gabarito(C)

    Não são quaisquer regras, são regras de convivência. Está especificando ''regras''.

  • GAB: C

    Que tipo de regras? de convivência.

  • colega, neste caso , Artur está correto em sua análise ao dizer que o termo " de consciências " pode ser classificado como adjunto adnominal.

    Já que tocaram no assunto permitam -me explaná-lo.

    I) quando aparecem termos ligados por preposição podemos ter adjuntos ou a postos especificativos.

    Como diferenciar?

    # Se vc troca o termo pelo substantivo = aposto especificativo . Se não for possível = adjunto adnominal.

    Veja:

    Cidade de Fortaleza..

    Fortaleza equivale a cidade = aposto especificativo.

    regras de convivência.

    Não há equivalência = adjunto adnominal

  • ESPECIFICAÇÃ0 --- não são quaisquer regras, mas sim regras de convivencia.

    Nota-se que neste caso existe uma especificação.

  • A questão requer conhecimento sobre valor semântico das preposições.


    A preposição “de” tem sentido, dentre outros, de tempo, lugar, causa, posse, instrumento, finalidade etc. Na frase em questão, ela expressa um valor nocional de especificação (= tipo), tendo em vista que as crianças ainda não foram contaminadas por um tipo, uma espécie de convivência.

    Um exemplo em que a preposição “de” expressa um sentido de especificação: “Sou uma pessoa de coragem.”


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (C)

  • A preposição de pode apresentar varias circunstâncias (tempo, lugar, modo, finalidade, especificação, etc.), desse modo observa-se que é um pronome essencial que apresenta determinada circunstância de acordo com o contexto, podendo ser Relacional ou Nocional.

    Na presente questão, específica o tipo de regra: "de convivência".

    ALTERNATIVA: C

  • A preposição de pode apresentar varias circunstâncias (tempo, lugar, modo, finalidade, especificação, etc.), desse modo observa-se que é um pronome essencial que apresenta determinada circunstância de acordo com o contexto, podendo ser Relacional ou Nocional.

  • especifica quais sao as regras, de futebol? De basquete? De convivencia?

  • Se fosse a FGV seria LETRA A sem dúvida

  • A Dica para saber o valor semântico da preposição é olhar sempre para o que vem depois da preposição e não o que vem antes.

    olhar para a palavra da frente (convivência) que tem sentido de especificação em relação a palavra(regras) – regras desse tipo.

    Fonte: Anotações das aulas da profª Adriana Figueredo