Eu mesmo vivi isso nas trincheiras, lá onde as pessoas se lançavam nas piores cortinas de fogo para salvar o seu “totó”,
ou dividiam suas rações guardadas, quase de forma fraternal, com um vira-lata qualquer. Vê-se também que a guerra
não revela no homem apenas os sentimentos mais severos, mas também os mais suaves, ternos. A batalha, em
muitos sentidos, esculpe um homem melhor. O homem simples batalha com um bloco bruto e sai dele como um
perfeito amigo dos animais com desejo implacável de fazer o que for preciso. E é aí que esse homem simples, esses
milhares de soldados e amigos de gatos, não dizem: “Vamos com mais calma, no pior dos casos os cidadãos morrerão
de fome um pouco mais devagar.” Mas, em vez disso, dizem: “Avante com a bomba! Com essa ordem, chegaram à
conclusão correta!” Assim se reconhecem os colaboradores certos. (VERMES. 2014. p. 156).
As obras de ficção, muitas vezes, se inspiram nos acontecimentos históricos, para recriá-los em sua narrativa.
Dessa forma, o trecho do romance de Timur Vermes caracteriza o pensamento