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✅ Gabarito: C
✓ Atravessa-se a avenida, sem correr, de lá pra cá, na hora do rush → A meu ver, temos uma voz passiva sintética e o sujeito é paciente (a avenida é atravessada), a banca considerou como sujeito indeterminado.
➥ Somente na letra C) é que não temos um sujeito indeterminado:
Havia tempo suficiente para as manifestações → Temos o verbo "haver" com sentido de "existir", é um verbo impessoal e deve-se manter no singular. Trata-se de um sujeito inexistente.
➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
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Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:
a) Com verbo na 3ª pessoa do plural
b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se;
c) Com o verbo no infinitivo impessoal
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CUIDADO
É possível que encontremos o gabarito ao perceber que a alternativa C é a unica que não traz sujeito, frente as demais alternativas que o possuem de forma indeterminada. No entanto, a banca comete erro grotesco no enunciado, mais precisamente na frase que serve de "molde" para a análise.
"Atravessa-se a avenida, sem correr, de lá pra cá, na hora do rush"
Temos aqui um verbo transitivo direto, atravessar, acompanhado de um pronome apassivador. Trata-se de uma oração na voz passiva sintética.
Lembrem-se que na voz passiva, principalmente sintética, o sujeito é suprimido, mas não deve ser confundido com o sujeito indeterminado.
Orlando Guimarães, acredito que tu estejas deveras confuso quanto a classificação dos sujeitos.
"Eles" só será sujeito oculto, quando no contexto pudermos resgatar o referente, do contrario a terceira pessoa do plural é indeterminada, bem como não existem controvérsias quanto a diferenciação de índice de indeterminação do sujeito e partícula apassivadora, sendo que está só ocorre com verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos, enquanto aquela apenas com verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligação. A única ressalva, aqui, é quanto a verbos transitivos diretos com objeto direto preposicionado , o que não é o caso da questão.
Qualquer banca que adote "visão" destoante, está incorrendo em erro.
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OBSERVAÇÃO
A interpretação que Ivan Lucas expôs é a que é geralmente acolhida pelas bancas, mas existem controvérsias quanto a ela. Segundo alguns gramáticos, o se do enunciado seria índice de indeterminação do sujeito, e algumas bancas adotam a visão deles. Veja o gabarito destas questões:
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/13911e6b-51
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/fd3e000c-48
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Pra mim, não deveria ter gabarito.
"Atravessa-se a avenida" é uma forma de oração na voz passiva sintética. Tem sujeito passivo "a avenida".
Na letra C, a oração é sem sujeito. As outras alternativas são de sujeito indeterminado.
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Ivan Lucas, quanto às alternativas B e D, realmente escrevi besteira. Mas a controvérsia que aponto é a classificação do se específico do enunciado e não a diferenciação genéria entre pronome apassivador e índice de indeterminação do sujeito.
É pronome apassivador o se que acompanha verbos transitivos e verbos intransitivos tomados transitivamente (transcrevo a citação em outro comentário porque aqui não há espaço), de modo que, na oração Atravessa-se a avenida, análoga ao exemplo de Celso Cunha (transcrevo ele no outro comentário), entende-se que a avenida é sujeito ("a avenida é atravessada", diria a didática). No entanto, Evanildo Bechara, por exemplo, defende que (transcrevo a citação no outro comentário) o índice de indeterminação do sujeito também pode acompanhar verbos transitivos e verbos intransitivos tomados transitivamente, de modo que seria possível e correta a oração Atravessa-se as avenidas, na qual se deve entender as avenidas (ou a avenida) como objeto direto em vez de sujeito. Segundo ele, "ambas as sintaxes são corretas". Portanto, são abusivas e nulas as questões sobre o assunto.
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Ivan Lucas
Celso Cunha (Nova Gramática do Português Contemporâneo. 7º edição. 2016. Editora Lexicon. Rio de Janeiro. 762 páginas. ISBN 9788583000310. Páginas 319-21) diz:
"O pronome se emprega-se como:
[...]
d) PRONOME APASSIVADOR:
Ouve-se ainda o toque de rebate. (B. Santareno, TPM, 121.)
Fez-se novo silêncio. (Coelho Netto, 0 5 ,1,97.)
e) SÍMBOLO DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO (junto à 3º pessoa do singular de verbos intransitivos, ou de transitivos tomados intransitivamente):
Vive-se ao ar livre, come-se ao ar livre, dorme-se ao ar livre. (R. Brandão, P, 165.)
Martelava-se, serrava-se, acepilhava-se. (Coelho Netto, 0 5 ,1, 131.)
[...]
Em frases do tipo:
Vendem-se casas.
Compram-se móveis.
consideram-se casas e móveis os sujeitos das formas verbais vendem e compram, razão por que na linguagem cuidada se evita deixar o verbo no singular".
Já Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa. 37º edição. 2009. Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro. 854 páginas. ISBN 9788520930496. Página 212) diz:
"[o se] exerce as seguintes funções sintáticas em face das unidades léxicas que com o pronome concorrem:
[...]
Índice de indeterminação do sujeito:
vive-se bem.
Lê-se pouco entre nós
Precisa-se de empregados.
É-se feliz.
[...] Pelos exemplos acima, o se como índice de indeterminação de sujeito – primitivamente exclusivo em combinação com verbos não acompanhados de objeto direto –, estendeu seu papel aos transitivos diretos (onde a interpretação passiva passa a ter uma interpretação impessoal: Vendem-se casas = ‘alguém tem casa para vender’) e de ligação (É-se feliz). A passagem deste emprego da passiva à indeterminação levou o falante a não mais fazer concordância, pois o que era sujeito passou a ser entendido como objeto direto, função que não leva a exigir o acordo do verbo:
Vendem-se casas (= ‘casas são vendidas’) = Vendem-se casas (= ‘alguém tem casa para vender’) = Vende-se casas.
“Vende-se casas e frita-se ovos são frases de emprego ainda antiliterário, apesar da já multiplicidade de exemplos. A genuína linguagem literária requere vendem-se, fritam-se. Mas ambas as sintaxes são corretas [negrito meu], e a primeira não é absolutamente, como fica demonstrado, modificação da segunda. São apenas dois estágios diferentes de evolução. Fica também provado o falso testemunho que levantaram à sintaxe francesa, que em verdade nenhuma influência neste particular exerceu em nós...” [MAg.2, 181-183]".
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Atravessa-se a avenida, sem correr, de lá pra cá, na hora do rush
Realmente o enunciado é confuso..sendo:
Atravessar ---algo ---a avenida ( OD)
VTD + SE = Partícula passivadora.
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QUESTÃO SEM GABARITO!!
Alternativa C - Vb "haver" no sentido de existir (Sujeito INEXISTENTE)
Na frase: "Atravessa-se a avenida"
O SUJEITO É "A AVENIDA"
Como ela está na voz passiva sintética, passando para a voz analítica, fica: É atravessada a avenida;
deloca o sujeito; e
A avenida é atravessada. (SUJEITO SIMPLES)
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Mesmo com muitas divergências nos comntáro, essa questão da pra matar.
HAVER é verbo IMPESSOAL, ele é o mais diferente entre todos.
GAB: C
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Não há o que discutir! Questão mal elaborada, inclusive anulável! Entretanto, estamos sujeitos a esse tipo de situação. Apesar de tudo, como bem pontuou a colega Jamile, é possível matar a questão.
Bons estudos a todos!
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Então questão meio problemática. Mas nesta situação o melhor é marcar a mais certa.
Logo alternativa C: Verbo Haver no sentido de Existir, sujeito inexistente. Isso é regra!
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Existe o sujeito indeterminado na questão, ela só quer uma alternativa em que o sujeito é diferente, apenas isso.
Na letra C o sujeito é inexistente, enquanto nas outras segue o mesmo modelo, que é o indeterminado.
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Letras A, B, D, E =sujeito existente
Letra C e gabarito = sujeito inexistente