SóProvas


ID
3802993
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Aroeiras - PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O REMÉDIO É BRINCAR


1. Quantas crianças de hoje, quando os pais lhes perguntam se querem brincar (em casa, na rua) ou ir até um shopping center, optam pela segunda alternativa? A julgar pelo número elevado de crianças em shoppings, principalmente nos fins de semana, inúmeras delas preferem circular por um lugar inteiramente pautado pelos valores da sociedade de consumo (todo fechado, com iluminação artificial) a se entregar a outro modo, menos previsível e mais inventivo, de gastar (investir?) o tempo. Sem contar aquelas cujos pais nem mesmo cogitaram a primeira opção...

2. Quem associa lazer e tempo livre ao verbo consumir talvez reveja algumas de suas crenças e posturas ao ver o documentário brasileiro Tarja Branca: a revolução que faltava, que faz uma defesa eloquente da brincadeira – lúdica, descompromissada, criativa – não apenas na infância, mas também na vida adulta. Dezenas de entrevistados (entre eles os músicos Antonio Nóbrega e Wandi Doratiotto, e os escritores Braulio Tavares, colunista de Carta Fundamental, e Marcelino Freire) lembram, em seus depoimentos ao filme, o que a vida cotidiana perde ao se esquecer do que todos sabíamos muito bem quando éramos crianças.

3. Uma das perguntas-chave do documentário: saberão disso também as crianças de hoje, boa parte delas vivendo em centros urbanos voltados para o trabalho e o consumo? Dirigido por Cacau Rhoden e produzido pela Maria Farinha Filmes (a mesma de Criança, a Alma do Negócio e Muito Além do Peso), Tarja Branca, cujo título refere-se a uma divertida “medicina psicolúdica”, proposta em um dos depoimentos – sugere, ao apresentar visões diversas sobre o tema, que a educação contemporânea se apropriou da brincadeira, sobretudo na escola, como um “conteúdo programático”. Tirou-lhe, portanto, o que havia de mais essencial, o improviso e a falta de regras, para cercá-la de planejamento e cuidados.

4. Como resultado dessa política, teríamos uma geração de crianças, especialmente das classes média e alta, que não foi devidamente apresentada ao universo brincante, ou à “linguagem do espontâneo, da alma”, como resume um dos entrevistados. Pais e professores tendem a extrair do filme reflexões sobre como se comportam em relação ao tema com seus filhos e alunos, mas a provocação de Rhoden pode despertar interesse também entre o público que não se encaixa em nenhum desses papéis, ao fazer um diagnóstico da sociedade de consumo, intolerante, em sua lógica perversa, com a cultura do ócio ou com o “ficar sem fazer nada”.

Sérgio Rizzo (Adaptado de: cartafundamental.com.br)

A opção em que todas as palavras estão grafadas CORRETAMENTE é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     a) algema – lisongear magestoso → INCORRETO. Ambas palavras são escritas com -j: lisonjear; majestoso.
     b) submerção – exceção – massiço → INCORRETO. O correto ´s "submersão" e "maciço".
     c) pretensioso – lascivo – discente → CORRETO.
     d) suscinta – rescender – agressão → INCORRETO. O correto é "sucinta" com -c.
     e) obsessão – excesso – enxarcar → INCORRETO. O correto é "encharcar" com -ch.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva C

    grafadas CORRETAMENTE é: pretensioso – lascivo – discente

  • A) algema – lisongear (lisonjear) magestoso (majestoso)

    B) submerção (submersão) – exceção – massiço (maciço)

    C) pretensioso – lascivo – discente GABARITO

    D) suscinta (sucinta) – rescender – agressão

    E) obsessão – excesso – enxarcar (encharcar)

  • Sinceramente, eu acho muita desonestidade usar questões que envolvem ortografia. Há uma infinidade de regras e exceções que estão além do escopo da lógica decorar. Acabam privilegiando quem não estuda. Percebe-se isso pela simples estatística de erros e acertos. Não há nada de especial em termos teóricos, só uma mera observação: acerta-se pela sorte ou por eliminação, mas a todo modo, acaba-se por apostar. Mas... vida que segue.

  • Docente = relativo a professores

    Discente = relativo a alunos

  • vamos eliminar as questões de Ortografia , o Anderson Galvão não gosta , acha-as inexplicáveis numa prova , pois elas não requerem lógica, mas apenas memorização. Kkkk, eu sou formado em Matemática, é a minha área, eu entendo um pouco de lógica, e acredito quando eu digo que há MUITA lógica nas regras ortográficas, eu disse que há pouca arbitrariedade? Não, não disse, eu disse que há pouca manutenção etimológica determinante para essa ou aquela grafia ? Não, não disse. Eu disse que , apesar desses dois fatores, existe sim muita lógica na escrita de uma palavra, e esta, por si só, já faz o estudo da Ortografia ser compensador, além de ajudar a afiar a memória e do prazer que é conhecer palavras . Não é difícil, eu conheço coisas complexas , Ortografia não é uma delas , é apenas TRABALHOSA, e é esse trabalho que pessoas como o Anderson querem evitar quando condenam questões de Ortografia em concurso público.