- ID
- 3838552
- Banca
- VUNESP
- Órgão
- FITO
- Ano
- 2020
- Provas
-
- VUNESP - 2020 - FITO - Analista de Gestão - Biblioteca
- VUNESP - 2020 - FITO - Analista de Gestão - Contabilidade
- VUNESP - 2020 - FITO - Analista de Gestão - Finanças
- VUNESP - 2020 - FITO - Analista de Gestão - Recursos Humanos
- VUNESP - 2020 - FITO - Analista de Gestão - Secretária
- VUNESP - 2020 - FITO - Analista de Gestão - Serviços de Apoio
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Leia o texto para responder a questão.
Pai do vício nas telas agora quer oferecer a cura
Quase 80% dos usuários de smartphones checam seus
celulares nos primeiros 15 minutos depois de acordar. E a
tendência é só piorar, diz Nir Eyal, professor de Stanford e
consultor especializado em ajudar empresas de tecnologia
a tornar seus produtos mais viciantes. Nesse mercado, ele
afirma que “as empresas que vencem são aquelas que conseguem inventar os produtos mais grudentos”.
Eyal esclarece que as empresas criaram o processo de
fisgar pessoas, de jogar o anzol, acionando quatro passos
básicos. Começa com um gatilho, algo que diz ao usuário o
que fazer, podendo ser externo ou interno. No Facebook, por
exemplo, seria uma notificação que chama atenção para o
que está acontecendo na rede. Isso leva ao segundo passo,
a ação, algo que o usuário faz em busca de uma recompensa.
Ele vai abrir o aplicativo, checar a notificação e começar a
ler seu “feed” de notícias. O terceiro passo é a recompensa
variável. O psicólogo americano B.F. Skinner mostrou que,
quando uma recompensa é dada sem que possa ser prevista,
a ação se torna mais frequente. E, então, chega-se à fase do
investimento: quando o consumidor usa o produto de forma a
aumentar a probabilidade de voltar a usá-lo.
Eyal admite que depois de um tempo, as empresas
nem precisam mais de gatilhos externos. Em vez disso, eles
começam a acontecer por causa dos gatilhos internos, associações na mente do usuário. Quando você está entediado,
entra no YouTube, se se sente sozinho, abre o Facebook, se
tem uma dúvida, checa o Google. Geralmente, são os sentimentos negativos que fazem as pessoas voltarem.
Agora, Eyal começa a pensar em um método para reverter
o vício e ele não está sozinho. Antigos executivos do Facebook
e WhatsApp tornaram-se críticos da tecnologia. Eles criaram o
vício e agora querem oferecer a cura. Mas para isso acontecer
é preciso que os consumidores entendam como sentimentos
ruins, como tédio ou solidão, são manipulados para mantê-los
fiéis a essas empresas. “Quero que as pessoas pensem em
formas de ganhar mais controle de suas vidas, em vez de
serem controladas pela tecnologia”, arremata Eyal.
(www1.folhauol.com.br.Adaptado, acessado em 13.10.2019)
Na frase – Antigos executivos do Facebook e
WhatsApp tornaram-se críticos da tecnologia. Eles criaram o vício e agora querem oferecer a cura. –, a atitude
dos executivos pode ser entendida, no contexto, como