“[...] com seus 10 a 15 mil habitantes, a
Pompeia dos anos 70 d.C. apresentava-se como
uma cidadezinha provinciana enriquecida. Possuía
uma agricultura desenvolvida, que alguns autores
consideram capitalista devido à sua orientação para
o mercado. No campo, predominavam fazendas
escravistas voltadas para a produção de
mercadorias, trigo, azeite e, principalmente, vinhos
de diversas qualidades: populares, aromatizados,
para aperitivo, medicinais, para citar apenas
alguns. A criação de gado e a floricultura também
eram praticadas no campo. As principais
manufaturas encontravam-se concentradas no
interior do recinto urbano: fábricas de cerâmica,
construção civil, tinturarias, lavanderias,
manufaturas têxteis e de confecções, de conservas
de peixe e panificadoras. Embora não possamos
falar em revolução industrial, não cabe dúvida que
a urbanização ligava-se ao papel articulador do
mercado numa economia baseada no consumo de
massa.”
FUNARI, Pedro Paulo A. A vida quotidiana na Roma antiga.
São Paulo: Annablume, 2003. p.54-55.
No fragmento acima, Pedro Paulo de Abreu Funari
se refere a