Nas décadas de 1940 e 1950, a qualidade de um medicamento era atestada, quase que exclusivamente, pela análise química relacionada ao fármaco, bastando comprovar sua identidade e teor. (Storpirtis, 1999). Se hoje outros critérios fazem parte da qualidade de um medicamento, a expressão de suas doses nos rótulos, que deverão estar de acordo com a forma terapeuticamente ativa e a substância utilizada, torna-se fundamental. Para isso buscamos na Organização Mundial da Saúde (OMS), a referência para expressar nos rótulos e nos registros oficiais da farmácia, a maneira correta das dosagens das formas ativas em relação às substâncias utilizadas no preparo dos medicamentos: Quando a dose indicada (no rótulo e nos registros oficiais) se refere a um sal ou éster específico, este vem citado entre parênteses; por outro lado, quando se refere à porção livre do fármaco, o nome do sal ou éster, entre parênteses, é precedido da palavra “como”. (Lista Modelo de Medicamentos Essenciais da OMS). Deste modo, fica garantido o respeito à prescrição e às doses terapeuticamente ativas dos medicamentos.
Exemplos:
1. Prescrição: Amitriptilina............................25 mg
Fármaco: Cloridrato de Amitriptilina
Matéria-prima utilizada: Cloridrato de Amitriptilina (FEq = 1,00)
Rótulo: Amitriptilina (cloridrato) 25 mg
Registro nos Livros Oficiais: Cloridrato de Amitriptilina 25 mg
2. Prescrição: Fluoxetina...............................20 mg
Fármaco: Fluoxetina
Matéria-prima utilizada: Cloridrato de Fluoxetina (FEq = 1,12)
Rótulo: Fluoxetina (como cloridrato) 20 mg
Registro nos Livros Oficiais: Cloridrato de Fluoxetina 22,4 mg