O escravismo, cuja pesada herança os brasileiros carregam até hoje, foi e é alvo de estudos de Antropologia, Sociologia e História principalmente, por ser ele o definidor da estrutura da sociedade brasileira desde sua gênese. O tema é constante nos estudos de História do Brasil, desde a escola básica e a bibliografia vasta e de fácil acesso, como as obras de Jacob Gorender .
Apesar de ter sido oficialmente abolida em 1888, com a assinatura da Lei Áurea, ainda há, em várias regiões do Brasil, formas de exploração do trabalho que nada ficam a dever à escravidão.
Há diligências policiais para coibir a exploração, sindicatos de trabalhadores procuram fazer trabalho de conscientização e, abrem espaço para denúncias. Organizações não governamentais e locais de capacitação para o trabalho clarificam dúvidas e ensinam os direitos do trabalhador. No entanto, a pobreza e a miséria, a ilusão de imigrantes sofridos , que buscam uma vida melhor, alimentam a exploração de trabalhadores.
O trecho mostra o depoimento de uma imigrante boliviana e o que se pede é que seja qualificada a forma de trabalho a que ela foi submetida.
A) INCORRETA – A competitividade da Divisão Internacional do Trabalho não é, necessariamente. sinônimo de exploração do trabalhador
B) CORRETA – A entrevistada descreve uma forma de trabalho na qual existe a despersonalização e a dessocialização do trabalhador, mesmo ele percebendo um “ salário" , o que configura um trabalho análogo à escravidão.
C) INCORRETA – A questão não é originada em segregação por diferenças étnicas. Portanto, não se relaciona com xenofobia.
D) INCORRETA – a flexibilização de leis trabalhistas pode levar à maior exploração do trabalhador mas, o trabalho descrito no trecho nem mesmo é regido por alguma lei. Ele é, na verdade, fora da lei.
E) INCORRETA – A globalização trouxe, acima de tudo, a profunda divisão do trabalho pelas regiões do mundo e não necessariamente formas de trabalho análogas à escravidão, embora elas sejam, infelizmente, bastante comuns em países mais pobres.
Gabarito da professora: Alternativa B.