- ID
- 3845776
- Banca
- Avança SP
- Órgão
- Câmara Municipal de Taboão da Serra - SP
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
TEXTO
O título de guerra mundial dá a impressão de
que todas as grandes nações tomaram parte no
conflito, mas no Natal de 1914 – cerca de cinco
meses após o começo dos combates – os
habitantes de ao menos dez nações europeias
podiam agradecer por não participarem dos
embates. Os três países escandinavos não
estavam lutando. A Holanda permanecia
neutra, enquanto a Bélgica, sua vizinha,
encontrava-se subjugada. É fácil esquecer que
uma nação apenas pode ser neutra se seus
vizinhos assim o consentirem – a Bélgica
desejava ser imparcial em 1914, mas os
alemães tinham outros planos e rapidamente a
absorveram, usando-a como sua principal
passagem militar para a França. A Espanha
permaneceu neutra, enquanto Portugal fez de
tudo para manter-se metade isento e metade
aliado da Grã-Bretanha até 1916, quando
finalmente recebeu uma declaração de guerra
da Alemanha. A Itália manteve a neutralidade
por algum tempo e, no mármore branco dos
memoriais de guerra de milhares de praças em
vilarejos do país, está inscrita uma cronologia
que parece estranha à primeira vista: lamenta-se a morte de soldados italianos na Grande
Guerra de 1915-1918. A Bulgária, a Romênia
e a Grécia se juntaram ao conflito ainda mais
tarde. Das poucas grandes nações fora da
Europa, duas das maiores – os Estados Unidos
e a China – só se juntariam à contenda em
1917, e a participação da China foi pequena. A
América Latina também tinha muitos países
neutros até quase o fim do conflito. Mas as
colônias, os domínios e os “commonwealths”
britânicos espalhados pelo mundo aderiram às
lutas desde o início, tendo alguns deles sofrido
baixas altamente significativas, considerando-se suas pequenas populações. Numa guerra em
que bloqueios eram tão poderosos quanto
armas, mesmo as nações neutras acabaram
sentindo algum efeito. O turismo, mais
importante para os suíços do que para qualquer
outro povo europeu, foi afetado. (BLAINEY,
Geoffrey. Uma Breve História do Século XX,
2 ed. São Paulo: Fundamento, 2011, p. 62).
A palavra “neutralidade”, utilizada pelo autor na linha 21 do texto, possui como antônima: