No Brasil, como em outras partes, os escravos
negociaram mais do que lutaram abertamente
contra o sistema. Trata-se do heroísmo prosaico
de cada dia. “Apesar das chicotadas, das
dietas inadequadas, da saúde seriamente
comprometida ou do esfacelamento da família
pela venda, os escravos conseguiram viver seu
dia a dia”, conforme analisou Sandra Graham.
“Relativamente poucos, na verdade,
assassinaram seus senhores, ou participaram
de rebeliões, enquanto a maioria, por
estratégia, criatividade ou sorte, ia vivendo da
melhor forma possível”. Como verbalizaram os
próprios escravos, no Sul dos Estados Unidos,
“os brancos fazem como gostam; os pretos,
como podem”. (REIS. 1989. p 14).
Os desdobramentos da história da escravidão nos Estados
Unidos produziram reflexos que se fazem sentir até os dias
atuais. Nesse contexto pode-se afirmar que