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ID
3877216
Banca
CKM Serviços
Órgão
CAU-SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a única alternativa em que NÃO HÁ vícios de linguagem.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

     a) No último ano do curso, os alunos criaram entre si um elo de ligação muito forte → INCORRETO. Temos a presença de redundância. 
     b) Só mudaremos os móveis de lugar quando mais alguém se dispor a ajudar → INCORRETO. Temos a presença de barbarismo (desvio gramatical relativo à ortoepia, prosódia, ortografia, morfologia e semântica). O correto é "dispuser".
     c) Hoje, as crianças preferem mais computador do que televisão → INCORRETO. Temos a presença de solecismo (desvio sintático relativo à colocação ou emprego dos pronomes, à regência e à concordância). Quem prefere, prefere alguma coisa a outra (preferem computador a televisão).
     d) Ambas as propostas do chefe são benéficas para os funcionários → CORRETO. Frase plenamente correta, não há presença de vícios de linguagem.
     e) Houveram erros na coreografia, mesmo após muitos ensaios → INCORRETO. Temos a presença de solecismo (desvio sintático relativo à colocação ou emprego dos pronomes, à regência e à concordância). O verbo "haver", no sentido de ocorrer, é impessoal, não possui sujeito, e deve-se manter no singular (houve).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Sinteticamente, na definição de Napoleão Mendes de Almeida, os vícios de linguagem constituem palavras ou construções que deturpam, desvirtuam ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento da norma culta, seja pelo descuido do emissor. Os principais são estes: barbarismo, anfibologia, cacofonia, eco, arcaísmo, vulgarismo, estrangeirismo, solecismo, obscuridade, hiato, colisão, neologismo, preciosismo, pleonasmo vicioso. 

    a) No último ano do curso, os alunos criaram entre si um elo de ligação muito forte.

    Incorreto. Há pleonasmo vicioso, que é decorrente da ignorância do falante. É involuntário e se traduz em usar termo dispensável à estrutura. Observe que todo elo firma ligação, de modo que basta que seja dito "elo";

    b) Só mudaremos os móveis de lugar quando mais alguém se dispor a ajudar.

    Incorreto. Há barbarismo, especialmente o morfológico. Esse vício define, entre outros, a errônea flexão verbal. No caso em tela, dever-se-ia empregar o subjuntivo "dispuser" no lugar de "dispor";

    c) Hoje, as crianças preferem mais computador do que televisão.

    Incorreto. Há solecismo, especialmente o de regência verbal, que atenta contra o uso correto da regência dos verbos. Lembre-se de que o verbo "preferir", quando coteja dois elementos, é VTDI e rege preposição "a", além de dispensar intensificadores do tipo "mais", "muito mais" e a construção "do que". Dá-se assim a frase correta: "Hoje, as crianças preferem computador a televisão". Obs.: grafa-se sem a marcação do fenômeno crásico, em respeito ao paralelismo sintático, ou seja, se não está determinado o objeto direto "computador", também não deve estar "televisão". Não havendo artigo "a" determinando este último, a crase não ocorre;

    d) Ambas as propostas do chefe são benéficas para os funcionários.

    Correto. A frase acha-se livre de vícios de linguagem;

    e) Houveram erros na coreografia, mesmo após muitos ensaios.

    Incorreto. Novamente há solecismo mas o de concordância verbal. O verbo "haver", como bem sabido, na condição de verbo principal e no sentido de existência, não possui sujeito, pois é impessoal. Deve, portanto, ficar na terceira pessoa do singular: "houve".

    Letra D

  • Elo de ligação

    Dispuser

    Preferi isso a aquilo

    Houve