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ID
3890749
Banca
Quadrix
Órgão
CFP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A psicanálise ocupa‐se do sujeito que fala, do assunto sobre o qual ele fala e do objetivo de sua fala em termos definidos pela dimensão do inconsciente, mas, para começar a falar, ninguém precisa esperar chegar ao consultório do psicanalista. É psicanalista quem, por atender ao discurso do inconsciente onde quer que este se faça ouvir, não desatenda às consequências lógicas e éticas desse ato.

O discurso médico‐psiquiátrico, ao se valer apenas dos elementos de seu próprio discurso, abole tudo o que nele não possa se inscrever, o que Clavreul (1983) chamou de sua função silenciadora. A experiência psicanalítica mostrou que também se sofre do que não se pode dizer.

Borges, 2001 (com adaptações).


A partir do texto, é correto afirmar que a autora considere que

Alternativas
Comentários
  • Não marquei a "E" justamente por ela dizer: "contraponha" = Oposto, justamente o que também diz a letra "B".

    Como as 2 alternativas são sinônimas, descartei ambas...

    Enfim, não entendi.

  • Vejamos então porque o gabarito da questão é a letra E.

    O excerto apresentado, em seu final, traz uma certa crítica em relação ao discurso do médico-psiquiátrico tradicional, mencionando que este se apega apenas ao que foi dito, a linguagem que está embutida no próprio discurso, não dando "ouvidos" ao que não foi dito.

    Em contrapartida, nós sabemos que a psicanálise tudo ouve (rs), dá importância para outros elementos da comunicação que não são expressas através da linguagem falada, à exemplo o sintoma. É, portanto, a partir desta forma de atuar que a proposta da psicanálise, ao mostrar que o não dito pode se associar ao sofrimento psíquico, contrapõe-se ao discurso médico-psiquiátrico tradicional, justamente o que está exposto na letra E, o nosso gabarito.