“A primeira maneira de integrar-se é tornarse cristão. Assim, no início do século X, o chefe
normando Rollon aceita ser batizado. Ele muda de
nome, adotando o de seu padrinho, Robert. Com
ele, todos os guerreiros que o cercam mergulham
nas águas do batismo. Por volta do ano 1000, o
duque da Normandia chama um homem que sabia
escrever bem o latim, formado nas melhores
escolas – o portador da cultura carolíngia mais
pura. Encomenda-lhe uma história dos normandos.
Nela vemos como se deu a integração, ao menos,
entre os aristocratas. Eles firmaram com as famílias
dos países francos, casamentos que foram, com o
cristianismo, o fator essencial do enfraquecimento
das disparidades étnicas e culturais. Tornavam-se
realmente participantes da comunidade do povo de
Deus assim que começassem a compreender alguns
rudimentos de latim e se pusessem a construir
igrejas na tradição carolíngia.”
DUBY, G. Ano 1000, Ano 2000. Na pista de nossos
medos. Trad. Eugênio Michel da Silva e Maria Regina L.
Borges-Osório. São Paulo: Editora UNESP, 1998.
Segundo o texto de G. Duby, o batismo de Rollon é
nitidamente