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ID
3898525
Banca
Quadrix
Órgão
CFP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

As influências do ambiente da unidade de terapia intensiva (UTI), como, por exemplo, a presença constante de luminosidade e de ruídos dos aparelhos, a falta de privacidade, a alteração dos ciclos circadianos, os procedimentos invasivos, o desconforto e as privações sensório-motoras, favorecem o surgimento de sintomas psicopatológicos e são geradoras de angústia. Com relação ao papel do psicólogo hospitalar no ambiente da UTI, julgue os seguintes itens.

I. No caso de pacientes que não podem se comunicar verbalmente, buscam-se alternativas de comunicação por meio de leitura labial, sinalizações, gestos, uso da escrita ou de figuras, incentivando a capacidade de expressão do indivíduo e acessando seu universo subjetivo.
II. O paciente em coma não pode receber atendimento psicológico devido à ausência da fala, instrumento imprescindível para o psicólogo.
III. No caso de o paciente estar em coma ou sedado, apesar de não ser capaz de falar, o psicólogo pode falar para ele e sobre ele. O psicólogo pode, por exemplo, dizer como está indo o tratamento, o quanto a família deseja sua recuperação e outras coisas positivas e motivadoras.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A avaliação dos aspectos psicossociais do paciente e a manutenção de uma comunicação próxima e atenta são fatores terapêuticos, favorecendo o paciente a expressar suas emoções, sentimentos, esclarecer fantasias que possam prejudicar seu tratamento (ex: estar na UTI necessariamente não implica em morrer), ajudá-lo a buscar recursos internos para enfrentar suas dificuldades, fortalecer as motivações de sua vida (ex: vínculos afetivos), incentivar o vínculo de confiança na equipe, facilitar a aceitação da situação de dependência (transitória ou não). No caso de pacientes que não podem se comunicar verbalmente, busca-se alternativas de comunicação através de leitura labial, sinalizações, uso da escrita ou figuras, incentivando a capacidade de expressão do indivíduo e acessando seu universo subjetivo.

    LUCCHESI, Fátima; MACEDO, Paula Costa Mosca; MARCO, Mario Alfredo De. Saúde mental na unidade de terapia intensiva. Rev. SBPH,  Rio de Janeiro ,  v. 11, n. 1, p. 19-30, jun.  2008 .  

    Mesmo o artigo não falando especificamente sobre a intervenção com pacientes em estados de inconsciência, podemos facilmente considerar o item III correto, pois negar ao paciente o atendimento,  como sugere o item II não parece concebível 


    Gabarito do Professor: Letra D.