Quando olhamos em torno de nós na direção dos objetos externos e consideramos a ação das causas, não somos jamais capazes, a partir de um único caso, de descobrir algum poder ou conexão necessária, alguma qualidade que ligue o efeito à causa e torne um a consequência infalível do outro como, por exemplo, o impulso de uma bola de bilhar é acompanhado pelo movimento da segunda. Eis tudo o que se manifesta aos sentidos externos.
HUME, David. Investigação acerca do entendimento humano. In: Os Pensadores. Tradução: AIEX, A. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 76.
Considerando-se o excerto acima, segundo Hume, o que permite que o entendimento
humano seja alcançado é a suposição de que as causas e os efeitos dos acontecimentos sejam
conhecidos. Nesse sentido, é correto afirmar que esse conhecimento é consequência