SóProvas


ID
3919462
Banca
SELECON
Órgão
Prefeitura de Boa Vista - RR
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir para responder à questão.


Texto I

Publicidade de alimentos e obesidade infantil: uma reflexão necessária


    A epidemia de obesidade e doenças crônicas é um problema que atinge, de maneira crescente, o mundo inteiro. E tornou-se consenso entre as principais organizações e pesquisadores em saúde pública que a regulação da publicidade de alimentos é uma das estratégias necessárias para combatê-la. As campanhas de marketing não apenas influenciam as escolhas alimentares na infância, mas também buscam fidelizar consumidores desde a mais tenra idade. O objeto preferencial são os alimentos ultraprocessados, feitos a partir de ingredientes industriais, com pouco ou nenhum produto fresco, e, geralmente, com alta quantidade de açúcar, gordura e/ou sódio.

    Em 2010, a Organização Mundial da Saúde recomendou a redução da exposição das crianças à propaganda de alimentos, sobretudo aqueles com alta quantidade de açúcar, sal e gordura. Em 2012, a Organização Pan-Americana da Saúde aprofundouse no tema e também apresentou recomendações de ações concretas por parte dos governos para reduzir a exposição das crianças à publicidade de alimentos. Para especialistas, a autorregulamentação do setor não tem funcionado.

    A mais recente publicação sobre obesidade do periódico Lancet, divulgada em fevereiro deste ano, indica que, até o momento, as iniciativas de regulação da propaganda não foram suficientes. Desde os avanços conquistados na proteção da amamentação, com a eliminação de anúncios que apresentam substitutos do leite materno, poucas ações efetivas foram implementadas para frear o massivo marketing da indústria de alimentos para crianças em todo o mundo.

    No Brasil, apesar da proibição da publicidade abusiva (direcionada à criança) prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) desde 1990, a falta de regulamentação específica para alimentos prejudica a efetivação da lei. Em 2010, a movimentação internacional em torno do tema motivou a elaboração da primeira regulação sobre publicidade de alimentos em geral, por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A regulação, no entanto, foi suspensa logo após sua publicação, devido à pressão de diversas associações da indústria de alimentos. A Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) contribuiu muito para a proteção ao aleitamento materno, porém aguarda regulamentação, desde 2006, o que compromete a fiscalização e o cumprimento da lei.

    Alguns avanços também precisam ser reconhecidos, como a Resolução 163/2014 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que regulamentou a propaganda abusiva, descrevendo todos os casos em que o Código do Consumidor deve ser aplicado. Porém, os órgãos de fiscalização ainda não possuem força suficiente para colocá-la em prática, também por conta da grande pressão das associações da indústria e de publicidade. Assim como na suspensão da resolução da Anvisa, esses segmentos fazem pressão contra a resolução do Conanda, alegando que esses órgãos não têm competência legal para regular a publicidade ou que as regras ferem a liberdade de expressão das empresas. Argumentos que já foram refutados por renomados juristas e contestados pelas evidências científicas na área da saúde pública.

    O novo Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014, reconhece a influência e coloca a publicidade de alimentos como um dos obstáculos para a alimentação saudável. O guia destaca que a regulação é necessária, pois a publicidade estimula o consumo de alimentos ultraprocessados, induzindo a população a considerá-los mais saudáveis, com qualidade superior aos demais, e frequentemente associá-los à imagem de bem-estar, felicidade e sucesso. 

    Independentemente do tipo de alimento, a propaganda direcionada a crianças se aproveita da vulnerabilidade de indivíduos em fase de desenvolvimento para incentivar o consumo. Por isso, não deve ser permitida. Ainda temos um longo caminho pela frente para alcançar a garantia dos direitos à alimentação adequada e saudável e os direitos dos consumidores. 

Ana Paula Bortoletto (https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/03/publicidade-de-alimentos-e-obesidade-infantil-buma-reflexao-necessariab.html) Adaptado.

Em “para reduzir a exposição das crianças à publicidade de alimentos” (2º parágrafo), a expressão “à publicidade de alimentos” pode ser substituída, mantendo o acento grave, por:

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

    ✓ “para reduzir a exposição das crianças à publicidade de alimentos” (2º parágrafo)

     a) às imagens negativas → CORRETO. Reduzir a exposição das crianças a algo (preposição "a") + artigo definido "as" que acompanha o substantivo feminino "imagens"= crase= às imagens.
     b) à conteúdo desnecessário → INCORRETO. Reduzir a exposição das crianças a algo (preposição "a"), porém, o substantivo -conteúdo é masculino e não é acompanhando por artigo definido "a" ou "as" para que a crase venha a se formar.
     c) à seus desenhos preferidos → INCORRETO. Reduzir a exposição das crianças a algo (preposição "a"), porém, temos um pronome possessivo masculino e ele não é acompanhando de artigo definido "a" ou "as", logo não ocorre crase..
     d) à regulamentos excessivos → INCORRETO. Reduzir a exposição das crianças a algo (preposição "a"), porém, o substantivo -regulamentos é masculino e não é acompanhando por artigo definido "a" ou "as" para que a crase venha a se formar.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

     

  • para reduzir a exposição das crianças à publicidade de alimentos

    Vejamos algumas regras:

    A ) faça a troca da feminina pela masculina ..se aparecer (ao) = crase.

    reduzir a exposição das crianças às imagens negativas

    A exposição aos aspectos

    B ) à conteúdo desnecessário

    Diante de Palavra masculina não há crase.

    C ) à seus desenhos preferidos

    Se o (a) está sozinho e a palavra posterior é plural = não crase.

    D )à regulamentos excessivos

    Diante de Palavra masculina não há crase.

  • nem li o fragmento no texto rsrsrs

  • GAB. A

    LETRA B . Errada ...Diante de palavra masculino crase leva pepino

    LETRA C e D Errada.... Regra geral crase acompanha plural.

    VA e VENÇA

  • gab A - às margens.

    Erros:

    A às imagens negativas = certa

    B à conteúdo desnecessário = errado, conteúdo é uma palavra masculina. Seria AO conteúdo,

    C à seus desenhos preferidos = ''Seus'' é um pronome demonstrativo. Se fosse ''suas'' seria facultativo, mas como é masculino é proibido,

    D à regulamentos excessivos = Regulamentos é uma palavra masculina e plural. O certo Seria AOS regulamentos

  • GABARITO LETRA A

    A)às imagens negativas CORRETA

    ---------

    B)à conteúdo desnecessário

    • O conteúdo é uma palavra no masculino e antes de palavra no masculino não pode haver crase
    • Observação:
    1. Locução “à moda de, à maneira de”: ANTES DE MASCULINO PODE HAVER CRASE NESSA LOCUÇÃO. Exemplo: “jantei um bacalhau à Gomes de Sá”.

    ---------

    C)à seus desenhos preferidos

    • Antes de pronome possessivo no singular é facultativo: enviamos a carta à nossa mãe. 
    • PORÉM, SEUS NÃO É SINGULAR, logo, a crase é PROIBIDA

    ---------

    D)à regulamentos excessivos

    Aqui há duas restrições que não permitem a crase

    • palavra no masculino- Os regulamentos
    • palavra no plural (se fosse uma palavra no feminino/plural e o "a" fosse trocado pelo artigo "as" + a preposição, haveria crase)
  • GAB: A

    PRINCIPAIS CASOS PROIBIDOS DE CRASE:

    1- crase antes de verbos

    2- crase antes de palavras no plural

    3- crase antes de palavras masculinas

    4- crase antes de pronomes (apenas alguns admitem)

    5- crase antes de objeto direto (que não pede preposição)

    ________________________________________________________

    PRINCIPAIS CASOS OBRIGATÓRIOS DE CRASE:

    1- crase antes de locuções adverbiais femininas (às escuras, às claras, à noite, às avessas)

    2- crase antes de terra e casa QUANDO definidas (casa da minha mãe, casa amarela, casa de praia; terra de seus pais, terra das carambolas, terra da avó)

    3- crase antes de hora.

    4- crase antes de objetos indiretos (quando a palavra a seguir permitir)

    _______________________________________________________

    CASOS FACULTATIVOS DE CRASE

    - Diante de nomes próprios femininos:

    Entreguei o cartão Paula.

    Entreguei o cartão à Paula.

    - Diante de pronome possessivo feminino:

    Cedi o lugar minha avó.

    Cedi o lugar à minha avó.

    ATENÇÃO: Quando o pronome possessivo for substantivo ( ou seja, aquele que substitui um substantivo) a crase é obrigatória! Ex: enviaram uma encomenda a (à) nossa residência, não à sua.

    - Depois da preposição até:

    Fui até a praia.

    Fui até à praia.

     

  • “para reduzir a exposição das crianças à publicidade de alimentos”

    Resposta correta: a) às imagens negativas

    Entendendo a questão:

    Quem reduz a exposição, reduz algo de alguém... (Objeto indireto)

    O Substantivo "Crianças" está no PLURAL e a CRASE é utilizada como regra principal anterior a substantivo

    feminino, sendo a letra A a única que possibilita esta lógica... "Imagens negativas"

    B) à conteúdo desnecessário (Crase proibida ante substantivos masculinos)

    C) à seus desenhos preferidos (dois substantivos masculinos precedidos de pronome possessivo "Seus")

    Lembrem-se aqui ficou errado por conta dos substantivos masculinos, pronome possessivo "sua" é caso facultativo do uso da crase:.

    << ex.: Levaremos o livro à (a+a) sua casa.

               Levaremos o livro a (apenas preposição) sua casa.

    D) à regulamentos excessivos (Crase proibida ante substantivos masculinos)

  • Gab A

    Casos proibidos de crase:

    --> Antes de palavra masculina

    --> Antes de verbo

    --> Antes de palavras repetidas

    --> Antes de palavra no plural ( tem que ser às)

    Facultativa: Antes de pronome possessivo.

  • Só precisa saber o básico sobre crase e vc já mata a questão.

  • Vejamos:

    • A. às imagens negativas (GABARITO)
    • B. à conteúdo desnecessário — "conteúdo" é uma palavra masculina = a + o. A crase não está compatível.
    • C. à seus desenhos preferidos — "seus" está no plural e masculina. A crase não está compatível.
    • D. à regulamentos excessivos — "regulamentos" é uma palavra masculina e plural. A crase não está compatível.

  • NÃO SE USA CRASE:

    SINGULAR + PLURAL

    Diante de substantivos MASCULINOS