SóProvas


ID
3928564
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Taubaté - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda a questão.


A Daslu e o shopping-bunker



      A nova Daslu é o assunto preferido das conversas em São Paulo. Os ricos se entusiasmam com a criação de um local tão exclusivo e cheio de roupas e objetos sofisticados e internacionais. Os pequeno-burgueses praguejam contra a iniciativa, indignados com tanta ostentação.

         Antes instalada num conjunto de casas na Vila Nova Conceição, região de classe alta, a loja que vende as grifes mais famosas e caras do mundo passará agora a funcionar num prédio monumental construído no bairro "nouveau riche" da Vila Olímpia e ao lado do infelizmente pútrido e malcheiroso rio Pinheiros.

       A imprensa aproveita a mudança da Daslu para discorrer sobre as vantagens de uma vida luxuosa e exibir fotos exclusivas do interior da megaloja de quatro andares e seus salões labirínticos, onde praticamente não há corredores, pois, como diz a dona da loja, a ideia é que o consumidor se sinta em sua casa. 

        Estranha casa, deve-se dizer. Para entrar nela é preciso fazer uma carteira de sócio, depois de deixar o carro num estacionamento que custa R$ 30,00 (a primeira hora). Obviamente, tudo isso tem por objetivo selecionar os consumidores e intimidar os pouco afortunados – os mesmos que, ao se aventurar na antiga loja, reclamavam da indiferença das vendedoras, as dasluzetes, muito mais solícitas com aqueles que elas já conheciam ou que demonstravam de cara seu poder de compra.

      As complicações na portaria visam também, embora não se diga com clareza, a proteger o local e dar  segurança aos milionários de todo o país que certamente farão da nova Daslu um de seus "points" durante a estada em São Paulo, como já ocorria com a antiga casa. A segurança é um item cada vez mais prioritário nos negócios hoje em dia – antes mesmo da inauguração, a loja teve um de seus caminhões de mudança roubados.

    As formalidades na entrada levam ainda em conta a privacidade do local de quase 20 mil metros quadrados, não muito longe da favela Coliseu (sic). A reportagem de um site calculou, por falar nisso, que a soma da renda mensal de todas as famílias da favela (R$ 10.725, segundo o IBGE) daria para comprar apenas duas calças Dolce & Gabbana na loja. 

     Tais fatores, digamos assim, sinistros da realidade brasileira é que impulsionam o pioneirismo da nova Daslu. Sim, a loja é uma empreitada verdadeiramente inédita. A Daslu, que desenvolveu no Brasil um certo tipo de atendimento exclusivo e personalizado para ricos, agora introduz, pela primeira vez no mundo, o modelo do shopping-bunker.

      Todos sabem como os shopping-centers floresceram em São Paulo e nas capitais brasileiras, tanto pelas facilidades que propiciam para a gente que vive nos centros urbanos congestionados e tumultuados, quanto pela segurança. Ao longo dos anos, eles foram surgindo aqui e ali, alterando a sociabilidade e a paisagem das cidades. Acabaram se transformando em uma espécie de praça (fechada), onde as classes alta e média podiam circular com tranquilidade, sem serem importunadas pela visão e a presença dos numerosos pobres e miseráveis, que, por sua vez, ocuparam as praças públicas (abertas), como a da República e a da Sé, em São Paulo. Dentro dos shoppings, os brasileiros sonhamos um mundo de riqueza, organização, limpeza, segurança, facilidades e sobretudo de distinção que lá fora, nas ruas, está agora longe de existir.


     Mas talvez os shoppings, mesmo os mais sofisticados, como o Iguatemi, tenham se tornado democráticos demais para o gosto da classe alta paulista. A cada pequeno entusiasmo econômico, logo a alvoraçada classe média da cidade resolve se intrometer aos bandos nas searas exclusivas dos muito ricos. (...)



Disponível em: : https://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult682u123.shtml

O vocábulo “malcheiroso” está corretamente grafado; o mesmo NÃO ocorre na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o gabarito esteja errado :/

    A questão pede a palavra que esteja grafada incorretamente.

    Com prefixos (anti, co, mini, super, etc.), sempre se utiliza o hífen quando a segunda palavra/elemento for iniciado com H (hotel, herdeiro, herói, humano, etc.).

    .

    Gabarito: A

  • Prefixo "co" nunca tem hífen. Coerdeiro está correto com a nova ortografia.

    Hipersensibilidade: se atraem por serem consoantes diferentes. "os diferentes se atraem"

    Inter-regional: "Os iguais se repelem". Tbm está correta a grafia.

    O gabarito deveria ser letra D, porque a questão pede a alternativa Errada , porém todas estão Corretas.

  • CUIDADO

    Questão com gabarito incorreto

    A banca solicita o termo grafado incorretamente.

    A. Coerdeiro - CORRETO

    B. Inter-regional - CORRETO

    C. Hipersensibilidade - CORRETO

    O gabarito da banca é letra B. O gabarito correto é letra D.

  •  O adjetivo inter-regional indica algo que se realiza entre várias regiões ou é comum a várias regiões.

  • essa banca, Instituto Excelência, é uma por-ca-ri-a.

  • Vc que errou, parabéns!

    É um absurdo um negócio desse.

    Só um alerta em relação ao item a).

    1) Pelo Acordo Ortográfico de 2008, o prefixo co sempre se acopla à palavra seguinte diretamente, sem intermediação de hífen. Exs.: cobeligerante, cocontratado, codemandante, cofundador, cogerência, cotutor.

    2) Não se abre exceção nem mesmo para a hipótese de ser o elemento seguinte iniciado por vogal. Exs.: coacusado, coadministrador, coapelante, coarrendante, coautor, coeditor, coeducador, coexistência, coigual, coindicação, coobrigar, cooperação, coordenação, counívoco.

    3) Para a hipótese de ser o segundo elemento iniciado por r ou s, dobram-se tais consoantes para permanência do som do vocábulo original. Exs.: correferência, correlação, corresponsabilidade, corréu, cossecante, cossegurador, cossignatário.

    4) Duas observações importantes: a) quando o segundo elemento tem h, perde-se esse h, e se juntam os elementos sem hífen (coabitar, coerdeiro); b) ainda que o segundo elemento se inicie pela mesma vogal que encerra o prefixo, mesmo assim não há hífen (coobrigado, cooperar, coordenação)

    Bons estudos!

  • Eu marquei D. Você que também marcou, parabéns!

  • fico assustado, pois tem 30% de acerto

  • Quando o prefixo termina com consoante, se a segunda palavra/elemento começar com a mesma letra, utiliza-se o hífen.

    Um bom exemplo dessa regra é a palavra inter-regional. No caso, o prefixo “inter” termina com R e a palavra “regional” também começa com R, formando a palavra “inteR-Regional”, por isso é obrigatória a utilização do hífen entre elas.

  • essa questão deve ser anulada, no novo acordo diz que os prefixos Hiper-, Inter- e Super- se ligam com hífen a elementos iniciados por R: exemplo: hiper-risonho, hiper-realidade, hiper-rústico, inter-regional. Ou seja a letra B está corretamente grafada. Fonte Noslen- Alfacon.

  • Marcou D?

    acertou!!!!

  • Nós pagamos para aprender e não para emburrecer. No mínimo o QC deveria averiguar esses gabaritos.

    Questão com gabarito errado.

  • questão tem que ser anulada

  • Gabarito D

    Super

    Inter

    Hiper

    quando o segundo elemento começa com H ou R será separado por Hífen

    Ex.: Super-Homem, Inter-Hemisfério, Inter-Regional, Hiper-requintado

  • Questão errada!

    Gabarito correto letra D

  • k k k k k k k k k k k k kada uma

  • Quem acertou, errou, né?!

  • Questão com gabarito incorreto

    O gabarito da banca é letra B. O gabarito correto é letra D.

    A banca solicita o termo grafado incorretamente, sendo que:

    A. Coerdeiro - CORRETO

    B. Inter-regional CORRETO

    C. Hipersensibilidade - CORRETO

  • só pra atrapalhar o score da gente

  • o certo seria a d pessoal nenhuma das alternativas