GAB. A
Weber viu inúmeras razões para explicar o avanço da burocracia sobre as outras formas de associação. As vantagens da burocracia, para Weber, são:
1. Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização.
2. Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos deveres.
3. Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem e as ordens e papéis tramitam através de canais preestabelecidos.
4. Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita. Por outro lado, a informação é discreta, pois é fornecida apenas a quem deve recebê-la.
5. Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização, a redução de custos e erros, pois as rotinas são definidas por escrito.
6. Continuidade da organização por meio da substituição do pessoal que é afastado. Além disso, os critérios de seleção e escolha do pessoal baseiam-se na capacidade e na competência técnica.
7. Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece o que é exigido dele e quais os limites entre suas responsabilidades e as dos outros.
8. Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias.
9. Confiabilidade, pois o negócio é conduzido por regras conhecidas, e os casos similares são metodicamente tratados dentro da mesma maneira sistemática. As decisões são previsíveis, e o processo decisório, por ser despersonalizado no sentido de excluir sentimentos irracionais, como amor, raiva, preferências pessoais, elimina a discriminação pessoal
Para resolução da questão em
análise, faz-se necessário o conhecimento dos modelos de administração pública,
sendo mais especificamente cobrado o modelo burocrático.
Diante disso, vamos a uma breve
contextualização do modelo burocrático.
O
Estado patrimonial (patrimonialismo) foi o primeiro modelo de administração
pública e sua principal característica é a confusão entre bem público e bem
pessoal, pois neste modelo tudo que pertencia ao Estado, pertencia ao príncipe
também. Lado outro, na burocracia há clara distinção entre bem público e
privado.
A
Administração Pública burocrática surge
na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de
combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Constituem princípios
orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira,
a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder
racional-legal.
Segundo Chiavenato
(2000), a Teoria Burocrática apresenta as seguintes vantagens:
- Racionalidade em relação aos objetivos
da organização;
- Precisão na definição do cargo e na operação,
pelo conhecimento exato dos deveres;
- Rapidez nas decisões, pois cada um
conhece o que deve ser feito;
- Uniformidade de Interpretação garantida
pela regulamentação específica e escrita;
- Uniformidade de rotinas e procedimentos
que favorece a padronização;
- Continuidade da organização, através da
substituição do pessoal que é afastado;
- Redução de atrito entre as pessoas, pois
cada funcionário conhece aquilo que é exigido dele e quais os limites entre
suas responsabilidades e as do outro;
- Constância, pois os mesmos tipos de
decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias;
- Subordinação dos mais novos aos mais
antigos dentro de uma forma estrita e em conhecida, de modo que o supervisor
possa tomar decisões que afetam o nível mais baixo;
- Confiabilidade, pois os mesmos tipos de
decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias;
- Benefícios sob o prisma das pessoas na
organização, pois a hierarquia é formalizada, o trabalho é dividido entre as
pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para se tornarem
especialistas em suas áreas; elas podem fazer carreira na organização em função
do seu mérito pessoal e competência técnica.
Posto
isso, vamos à análise das alternativas:
A) Certo, pois todos conhecem o que deve
ser feito e por quem as ordens e papeis tramitam por meio de canais
preestabelecidos.
B) Errado, pois não é voltada especificamente para as
organizações públicas, pois organizações privadas tiveram ou podem ter
características da burocracia.
C) Errado,
pois uma das suas características é a impessoalidade
e não a pessoalidade como afirma a alternativa.
D) Errado,
pois racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização não é uma
disfunção da burocracia, mas uma vantagem.
Fonte:
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da
Administração. Vol. II. São Paulo: McGrawHill do Brasil, 2000.
Gabarito do Professor: Letra A.