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ID
3948436
Banca
FCC
Órgão
AL-AP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A Cia. Investidora apresentou em seu Balanço Patrimonial de 31/12/2017 um ativo intangível com vida útil indefinida registrado pelo valor contábil de R$ 750.000,00, o qual era composto pelos seguintes valores:

− Custo de aquisição: R$ 950.000,00.
− Perda por desvalorização (impairment): R$ 200.000,00.

Em 31/12/2018, a empresa realizou o teste de recuperabilidade (impairment) para este ativo intangível e obteve as seguintes informações:

− Valor em uso: R$ 1.000.000,00.
− Valor justo líquido das despesas de venda: R$ 700.000,00.

Com base nessas informações e sabendo-se que o ativo não corresponde a ágio pago por expectativa de resultados futuros, a Cia. Investidora 

Alternativas
Comentários
  • Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 01 a entidade deve avaliar, ao término de cada período de reporte, se há alguma indicação de que a perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo.

    Foi exatamente isso que ocorreu no caso em tela, onde o item tinha uma perda por desvalorização reconhecida de R$ 200.000. No entanto, ao aplicar novamente o teste de recuperabilidade verificou-se que o valor recuperável (R$ 1 milhão) era superior ao valor contábil atual (R$ 750 mil).

    O item 114 do CPC 01 diz que uma perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), deve ser revertida se, e somente se, tiver havido mudança nas estimativas utilizadas para determinar o valor recuperável do ativo desde a última perda por desvalorização que foi reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo deve ser aumentado, com plena observância do descrito no item 117, para seu valor recuperável. Esse aumento ocorre pela reversão da perda por desvalorização.

    O item 117, citado acima, dispõe que o aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), atribuível à reversão de perda por desvalorização não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores.

    No caso em tela, portanto, a entidade deverá reconhecer a reversão da perda por desvalorização reconhecida anteriormente, de R$ 200 mil, de acordo com o seguinte lançamento:

    D - Perda por Desvalorização Acumulada ( ↑ Ativo)

    C - Receita com a Reversão de Perda por Desvalorização ( ↑ Resultado)

    Com isso, correta a alternativa D.

  • Alguém poderia explicar essa questão?

    Pelo valor recuperável ser maior que o valor contábil em 31/12/2018 eu creio que o valor do ativo deveria ter continuado o mesmo.

  • CPC 01 - Gabarito letra D

    Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo. 

    Note que nessa questão já havia um teste por impairment que resultou em uma perda por desvalorização de 200000.

    Separar os dados.

    Custo de aquisição = 950000

    Perda por desvalorização = 200000

    Valor Contábil = 750000

    Vamos realizar um novo teste

    Valor em uso = 1000000

    Valor justo líquido das despesas = 700000

    Vejamos o que fala o CPC 01:

    Uma perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), deve ser revertida se, e somente se, tiver havido mudança nas estimativas utilizadas para determinar o valor recuperável do ativo desde a última perda por desvalorização que foi reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo deve ser aumentado, com plena observância do descrito no item 117, para seu valor recuperável. Esse aumento ocorre pela reversão da perda por desvalorização.

    Portanto devo reverter a perda

    D - Perda por desvalorização 200000

    C - Ganho por reversão de perda 200000

  • Reversão confunde muito.

  • Que assunto complicado. Não entendi.

  • Gab D.

    Realmente, o ativo deve permanecer pelo mesmo valor. Porém, no teste de impairment dessa questão, o valor contábil é menor que o valor recuperável. 1.000.000 > 750.000.

    Há de se observar que havia uma perda por desvalorização no total de 200.000.

    A diferença entre o VR e o VC foi de 250.000.

    Havendo essa perda reconhecida e encontrado o VR > VC, podemos realizar uma reversão da perda, limitada ao valor máximo (isto é 200.000). Só não fazemos nada quando não há perdas.

  • Vamos analisar a questão:

    A questão aborda o teste de recuperabilidade do ativo, quando já há uma perda reconhecida.

    Dividiremos a resolução em etapas.


    1- Valor contábil para fins do novo teste.

    Em atendimento ao previsto no pronunciamento CPC01, para realizarmos o novo teste, devemos encontrar o valor contábil do ativo, desconsiderando a perda anterior. Sendo assim, para fins de teste, o valor contábil do ativo será o seu custo de aquisição.
    Importante comentar que como o intangível possui vida útil indefinida, não ocorrerá amortização.

    Valor contábil do ativo, para fins do teste de recuperabilidade, R$ 950.000.


    2- Agora vamos realizar o teste, para encontrar o valor recuperável. Este conforme definido no citado pronunciamento será o maior valor entre o valor do bem em uso e o valor justo líquido de despesas.

    Sendo assim, nosso valor recuperável será R$ 1.000.000.


    3- Agora, vamos encontrar o valor contábil do bem, após o teste feito em 31/12/2018.

    O valor contábil após o teste será o menor valor entre o valor contábil para fins de teste e o valor recuperável.

    Sendo assim, o valor contábil após o teste será de R$ 950.000.


    4- Como o valor encontrado no item 3 é igual ao do item 1, não haverá perda a ser reconhecida.


    5- Última etapa. Em 31/12/2017, havia uma perda por impairment de R$ 200.000, como esta perda não será mantida, em 31/12/2018, a empresa deverá fazer uma reversão, realizando o seguinte lançamento.

    D – Perda por desvalorização (retificadora do ativo)

    C – Receita com reversão de perda por desvalorização (resultado) 200.000

    O que irá gerar um ganho, em 31/12/2018, de R$ 200.000


    Gabarito do Professor: Letra D.

  • 1º. COMO CHEGAMOS AO VL. CONTÁBIL DE R$ 750.000,00 no Balanço Patrimonial de 31/12/2017:

    (+)Custo de aquisição.........................................950.000,00

    (-)Perda por desvalorização (impairment)..........(200.000,00)

    VALOR CONTÁBIL.............................................750.000,00

    2º. Em 31/12/2018, a empresa realizou o teste de recuperabilidade (impairment), para isto, contabilizaremos o maior valor entre o Valor em uso(R$ 1.000.000,00) e o Valor justo líquido(R$ 700.000,00), neste caso: (VL. EM USO > VL. JUSTO)

    3º. Como o valor em uso(R$ 1.000.000,00) é maior que o valor contábil(R$ 750.000,00), no resultado de 2018, não haverá perda e sim uma reversão da perda do exercício anterior, neste caso, a empresa reconhecerá um ganho de R$ 200.000,00 no exercício de 2018. (gabarito D)

  • Segundo as informações apresentadas logo após o teste de recuperabilidade temos:

    (+)Custo de aquisição: R$ 950.000,00. (−) Perda por desvalorização (impairment): R$ 200.000,00.

    (+)Custo de aquisição.........................................950.000

    (-)Perda por desvalorização (impairment)..........(200.000)

    VALOR CONTÁBIL..................................750.000

    Sendo que essa perda por desvalorização representa o valor limite. Em diante, contabilizaremos o MAIOR valor entre o Valor em uso(R$ 1.000.000,00) e o Valor justo líquido(R$ 700.000,00).

    Sendo assim: (VL. EM USO > VL. JUSTO)

    Não contabilizaremos uma perda e sim uma reversão pois o valor em uso é o maior que o valor contábil.

    Sendo assim: (VL. EM USO R$ 1.000.000 > R$ 750.000 VL. CONTÁBIL), no resultado de 2018.

    VL CONTÁBIL.................................... R$ 750.000

    VL DE USO........................................ R$ 1.000.000

    VL DA REVERSÃO ........................... R$ 250.000

    Então vejamos, só podemos reverter o valor máximo que tivemos na perda que é 200.000

    Sendo assim: (VL DA PERDA POR DESVALORIZACÃO 200.000 < 250.000 VL DA REVERSÃO)

    Então, teremos uma reversão de 200.000(GANHO).

    GABARITO LETRA D

  • Muito obrigado Odilon Santos.
  • Uma empresa apresentava em seu Balanço Patrimonial de 31/12/2012 um ativo intangível com vida útil indefinida registrado pelo valor contábil de R$ 20.000.000,00, o qual era composto pelos seguintes valores:

    − Custo de aquisição: R$ 24.000.000,00.

    − Perda por desvalorização (“impairment"): R$ 4.000.000,00.

    Em 31/12/2013 a empresa realizou novamente o teste de recuperabilidade (“impairment") para este ativo intangível e obteve as seguintes informações:

    − Valor em uso do intangível: R$ 21.000.000,00.

    − Valor justo líquido das despesas de venda do intangível: R$ 19.000.000,00.

    Nas demonstrações contábeis do ano de 2013, a empresa reconheceu, no resultado do ano de 2013, um ganho no valor de R$ 1.000.000,00 decorrente da reversão de parte da perda por desvalorização.

    MESMA QUESTÃO. 2015.

    https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/e70bf8a0-30