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ID
3955012
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de São José dos Campos - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


Apostas contra depressão e fobias


    A realidade virtual, conhecida pelo uso na indústria de games, tem sido cada vez mais utilizada para recriar situações de trauma ou medo e, assim, permitir que o paciente seja exposto a uma situação de risco, de forma controlada e com auxílio profissional. Medo de avião, pavor de aranhas ou insetos e fobia de lugares fechados são alguns dos problemas na mira.

    Para isso, programadores de games têm sido contratados por médicos e psicólogos para criar os cenários para pacientes interagirem com as situações que os aterrorizam.

    Em clínica especializada em realidade virtual, em São Paulo, uma equipe de programadores trabalhou, com detalhamento impressionante, nas versões mais recentes das experiências de imersão. No cenário de fobia de aranha, o paciente não só observa o comportamento do animal como pode interagir usando as próprias mãos, inseridas no cenário por meio de um sensor. No cenário da fobia de avião, a imersão é ainda maior. Além dos óculos de realidade virtual, há duas poltronas de avião posicionadas sobre uma plataforma móvel que simula os vários momentos – decolagem, pouso e turbulências.

    Antes mesmo de “entrar” na aeronave, o paciente em tratamento passa, dentro da experiência de realidade virtual, por check-in, raios X e fila de embarque. Em todas as situações, ele tem os batimentos cardíacos e a respiração monitorados constantemente pela equipe de psicólogos.

    Segundo o psicólogo Cristiano Nabuco, professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) e chefe da clínica, a abordagem é eficaz visto que trabalha três dimensões: pensamento, emoção e comportamento. “Para quem tem medo de avião, não adianta você só trazer estatísticas.”

    O especialista explica que, ainda que o paciente tenha consciência de que aquela é uma simulação, o cérebro acaba “sendo enganado”.

    Já a realidade virtual aliada ao tratamento com choques elétricos tem sido estudada para casos como os de dependência química, manias e compulsões. O tratamento com choques elétricos no cérebro nada tem a ver com as terapias obsoletas praticadas nos antigos manicômios.

    Hoje, a corrente elétrica é usada em baixíssima intensidade, de forma não invasiva, para estimular ou inibir áreas do cérebro afetadas por alguns transtornos. Estudos publicados em renomadas revistas médicas já comprovaram a eficácia do tratamento para pacientes com depressão grave que não demonstravam uma boa resposta aos remédios. Nos últimos anos, a técnica começou a ser estudada também para condições de dependência química, autismo, transtorno obsessivo- -compulsivo e compulsão alimentar.

    Para os especialistas, evidentemente tanto a realidade virtual quanto a estimulação transcraniana são parte do tratamento e precisam ser associadas a psicoterapias e a medicações.

(Fabiana Cambricoli. O Estado de S. Paulo, 08.09.2019. Adaptado)

Leia as frases elaboradas com base nas ideias do texto.


•  A realidade virtual é muito conhecida na indústria de games e, agora, profissionais têm usado a realidade virtual na área da medicina.
•  Técnicas de computação permitem criar cenários fictícios, e médicos e psicólogos usam esses cenários para ajudar pacientes.
•  A aplicação de choques elétricos em pacientes, antes condenada, hoje ajuda pacientes a superar traumas.


De acordo com a norma-padrão de emprego e colocação dos pronomes, os trechos destacados podem ser substituídos, respectivamente, por

Alternativas
Comentários
  • Assertiva C

    os trechos destacados podem ser substituídos, respectivamente, por "a têm usado; usam-nos; os ajuda."

  • Lembrando que no caso de locuções verbais com particípios terminados em -ado, -ido, nada é metido, como no caso em tela.

    → têm usado-a (Errado) ❌

    a têm usado (Certo) ✔

  • Nem precisava ter lido o enunciado.

  • Locução verbal com verbo principal no particípio: pronome oblíquo átono jamais poderá ser apresentado posterior ao verbo principal.

    Ex: O professor o havia encontrado (aceitável)

    O professor havia o encontrado (aceitável)

    O professor havia encontrado- o (errônea)

  • GABARITO: C (a têm usado; usam-nos; os ajuda.)

    Sabendo que depois de IDO/ADO nada é colocado, eliminamos A e B:

    a)têm usado-a; os usam; lhes ajuda.

    b) têm usado-a; usam-nos; os ajuda.

     

    Explicando o porquê do gabarito:

     

    I) realidade virtual é muito conhecida na indústria de games e, agora, profissionais têm usado a realidade virtual na área da medicina.

    Aqui cabe próclise (a têm usado) ou ênclise (têm-na usado), pois o sujeito está explícito e, quando isso acontece, o emprego da próclise/ênclise é facultativo, desde que não haja palavra atrativa (não se elimina nenhuma alternativa com esta assertiva).

     

    II) Técnicas de computação permitem criar cenários fictícios, e médicos e psicólogos usam esses cenários para ajudar pacientes.

    ➥ Mesma coisa da primeira assertiva. Os médios e psicólogos (sujeito explícito) usam alguém (os cenários) → "usam-nos" ou "os usam". Eliminamos a E, que utiliza o pronome "lhe", que é empregado em casos de objeto indireto.

     

    III) A aplicação de choques elétricos em pacientes, antes condenada, hoje ajuda pacientes a superar traumas.

    ➥ Quem ajuda, ajuda alguém. O verbo é VTD e, por isso, utilizamos o pronome oblíquo "os" para retomar "pacientes". Como "hoje" é um advérbio que não está entre vírgulas, ele "puxa" o pronome para si, provocando a próclise: "hoje os ajuda"→ Eliminamos a B, que utiliza o pronome "lhe" (ajuda-lhes), que é empregado em casos de objeto indireto.

     

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos! :)

  • profissionais têm usado a realidade virtual na área -> Têm usado o que? a realidade (VTD). Logo, utiliza A(s) ou O(s)

    a têm usado. Pois, em verbos no futuro e particípio, não se coloca ênclise.

    médicos e psicólogos usam esses cenários para ajudar pacientes -> Usam o que? Esses cenários (VTD). Logo utiliza A(s) ou O(s)

    Usam-nos. por ficar atrás de um verbo terminado em M, utiliza a forma -nos. Se fosse terminado em L,R ou Z. Utilizar a forma -las

    hoje ajuda pacientes a superar traumas -> ajudar o que? pacientes (VTD). Logo, utiliza A(s) ou O(s).

    os ajuda. Perceba que a palavra HOJE, é um fator de próclise. Logo, o pronome deve ser "atraído"

    Para efeitos de complemento nos estudos, SE não houvesse o fator de próclise na ultima parte, como ficaria?

    Perceba que ficaria ajudar o, Certo?

    Errado, por ser terminado em R, ficaria ajuda-los.

    Qual quer dúvida, mande-me mensagem. Abraçoo

  • Hoje eu errei!