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ID
3966742
Banca
CIEE
Órgão
TJ-DFT
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e com relação à concordância verbal, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO ANULÁVEL

    A alternativa B também está correta, segundo vários gramáticos de renome e outras bancas de renome que se baseiam neles. Veja o que diz, por exemplo, Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa. 37º edição. 2009. Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro. 854 páginas. ISBN 9788520930496. Página 212):

    "[o se] exerce as seguintes funções sintáticas em face das unidades léxicas que com o pronome concorrem:

    [...]

    Índice de indeterminação do sujeito:

    vive-se bem.

    Lê-se pouco entre nós

    Precisa-se de empregados.

    É-se feliz.

    [...] Pelos exemplos acima, o se como índice de indeterminação de sujeito – primitivamente exclusivo em combinação com verbos não acompanhados de objeto direto –, estendeu seu papel aos transitivos diretos (onde a interpretação passiva passa a ter uma interpretação impessoal: Vendem-se casas = ‘alguém tem casa para vender’) e de ligação (É-se feliz). A passagem deste emprego da passiva à indeterminação levou o falante a não mais fazer concordância, pois o que era sujeito passou a ser entendido como objeto direto, função que não leva a exigir o acordo do verbo:

    Vendem-se casas (= ‘casas são vendidas’) = Vendem-se casas (= ‘alguém tem casa para vender’) = Vende-se casas.

    “Vende-se casas e frita-se ovos são frases de emprego ainda antiliterário, apesar da já multiplicidade de exemplos. A genuína linguagem literária requere vendem-se, fritam-se. Mas ambas as sintaxes são corretas [negrito meu], e a primeira não é absolutamente, como fica demonstrado, modificação da segunda. São apenas dois estágios diferentes de evolução. Fica também provado o falso testemunho que levantaram à sintaxe francesa, que em verdade nenhuma influência neste particular exerceu em nós...” [MAg.2, 181-183]".

    Aproveite para ver os gabaritos das seguintes questões, que foram baseadas nele:

    https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/13911e6b-51

    https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/fd3e000c-48

  • A QUESTÃO NÃO POSSUI VÍCIO

    Deve-se julgar as alternativas quando da concordância verbal.

    A) Poderá acontecer mais testemunhos antes de sair o veredito.

    Incorreta. "Mais testemunhos" poderão acontecer. O verbo deve estar pluralizado para concordar com seu sujeito.

    B) Naquele estabelecimento, vende-se carros.

    Incorreta. Temos uma estrutura de voz passiva sintética, "carros são vendidos", devendo o verbo ficar pluralizado para concordar com o sujeito paciente.

    Orlando Guimarães

    Amigão, tu insistes em poluir as questões sobre voz passiva sintética com essa "posição", que já te foi alertado mais de uma vez, não se aplica. Bechara traz um caso de possibilidade de existência de indeterminação do sujeito com verbo transitivo direto, mas essa possibilidade apenas existe quando o contexto nos permite aferir a intenção quanto a tal opção.

    Igualmente, mas não menos importante, tu elencas questões datadas, aplicadas a mais de dez anos, que refletem posição descartada pelas bancas diante da possibilidade de recursos. A questão em tela, assim como tantas outras, solicita a análise com base na norma padrão, e portanto, não cabe a referida posição do gramatico. Tua atitude, sendo insistente mesmo diante dos alertas, apenas prejudica alunos em inicio de caminhada ou com dificuldades na matéria.

    C) Os jurados pareciam concordar com a promotoria.

    Correta. A construção não possui problemas.

    D) Precisam-se de políticos honestos para o país sair da crise.

    Incorreta. Temos um índice de indeterminação do sujeito (verbo transitivo direto + "se" = "precisa-se de..."), de modo que o verbo deveria estar no singular.

    A questão não possui qualquer problema. O gabarito é corretamente a alternativa C.

  • Ivan Lucas, em primeiro lugar você extrapola o sentido do texto do Bechara. Ele não se referiu à coloquialidade. E não impôs a limitação de a forma precisar estar contextualizada; a sua colocação até prejudica os iniciantes, visto que, por definição, o sujeito indeterminado não é resgatável pelo contexto (é indeterminado!).

    Em segundo lugar você ignora o fato de que as bancas, ao elaborar provas, não se importam se as posições são minoritárias, a exemplo das questões que eu citei.

    Em terceiro lugar mais vale ao iniciante conhecer as controvérsias e as malícias, bem como entender que nunca houve lei definindo a norma padrão destas provas - a PL 4350/84 foi arquivada -, coisa que você com certeza já percebeu depois de ter poluído com citações de opiniões contrárias milhares de questões. Nunca se sabe o que aparecerá nas questões. E não cabe a mim opinar se a tal citação é viável como recurso para a maioria das bancas; cabe a mim apenas dizer que, pelo menos nas bancas das questões que eu citei, ela deverá ser aceita.

  • Orlando Guimarães

    Campeão. meu dever como professor está feito. Não utilizarei este espaço para ficar discutindo. Mais do que te alertar sobre teu entendimento equivocado e seus efeitos nocivos, infelizmente, não posso fazer. Quer seguir insistindo ? Desejo sucesso, mas seguirei alertando os estudantes quanto à tua posição equivocada. Abraço.

  • Ivan Lucas, não insista em atribuir a mim este troço, a posição é do Bechara e da Cespe etc. É óbvio que eles estão errados. Como não há lei regulando nada disso, é bom ficar esperto.