SóProvas


ID
3989707
Banca
Instituto UniFil
Órgão
Prefeitura de Agudos do Sul - PR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Aretha Franklin - A mulher negra visível


Por Dodô Azevedo 16/08/2018 16h09 Atualizado 16/08/2018 16h09


       No Brasil, vivemos uma espécie de descoberta da mulher negra brasileira.

    Na academia, no mercado de trabalho, no mundo pop, elas tomaram o microfone. Começaram a chamar a atenção para o que querem dizer. A reivindicar lugar de fala.

    Djamila Ribeiro e o sucesso nacional de seu livro "Quem tem medo do feminismo negro?".

    Conceição Evaristo candidata a Academia Brasileira de Letras.

    O elenco do magistral musical "Elza", sobre a vida de Elza Soares.

    "Dona Ivone Lara - o musical", preparando-se para estrear nos palcos.

    Na TV, a Michelle Brau de Taís Araújo tornada protagonista da série "Mr. Brau", em sua derradeira temporada.

    O Brasil de 2018, em muitos aspectos parecido com os EUA do fim da década de 60, com suas polarizações, extremismos, fraturas e consequentes contraculturas, também celebra hoje a vida de Aretha Franklin.

    Lá, e na época, a cantora (e incrível pianista, pouco se fala) foi ponta de lança de um movimento de afirmação e ocupação de espaços que começa quando Sister Rosetta Twarpe, nos anos 30, resolve levar a guitarra elétrica para os palcos gospel, praticamente inventando o rock and roll, até os dias de hoje, onde a comunicadora mais popular, com alcance de voz a milhões de cidadãos, é Oprah Winfrey.

    Aretha Franklin morre como unanimidade.

    Mas, antes de tudo, visível.

    Morrer visível, relevante e respeitada é, para mulheres negras, uma construção que leva décadas.

    E que aqui só começou.

    Aretha Franklin foi, involuntariamente, mãe aos 12 anos, sofreu com a pobreza, apanhou de maridos.

    Nada muito diferente da trágica rotina da mulher negra brasileira.

    Aretha Franklin morre visível, relevante e respeitada.

    As nossas Arethas Franklins permanecem na luta.

    Atenção a elas. Atenção às nossas.

    Atenção.

    Esse outro nome para respeito.

Disponível em https://g1.globo.com/pop-arte/blog/dodoazevedo/post/2018/08/16/aretha-franklin-a-mulher-negra-visivel.ghtm

“No Brasil, vivemos uma espécie de descoberta da mulher negra brasileira.” O verbo é classificado como

Alternativas
Comentários
  • O verbo "VIVER" se classifica como intransitivo no sentido de “durar, ter vida ou existência, subsistir, comportar-se”: O cão ainda vive / Vive tranquilamente. 

    Classifica-se como transitivo direto no sentido de “passar a vida”: Vivemos uma vida agradável; e transitivo indireto no sentido “viver de, sustentar-se de”: Vivia da ajuda de seus pais.

    Contudo, vale mencionar que, além dessas classificações mencionadas, tal verbo pode ser considerado como sendo de ligação, ora retratando a ideia de “estar sempre”, como em: Ele vive preocupado / O garoto vive falando alto.

  • O Gabarito fornecido : (A )

    No Brasil, vivemos uma espécie de descoberta da mulher negra brasileira.” 

    Apoiou-se a banca na noção de que Viver no sentido de durar , ter existência ou comportar-se é classificado como intransitivo.

    Outros sentidos :

    Verbo de ligação: Neste caso com uma estrutura de predicativo do sujeito.

    Maria vive cansada

  • Nesse contexto, não seria transitivo direto?

    Do contrário, qual seria a função sintática de "uma espécie de descoberta da mulher negra brasileira"? Só pode ser objeto direto.

  • VTD. LOGO QUE, O VERBO ESTA EXERCENDO SENTIDO DE "PASSAR A VIDA"
  • GABARITO- A

    Ficou mais fácil quando eu coloquei a frase na ordem direta.

    Uma espécie de descoberta da mulher negra brasileira vivemos no Brasil.