A) Trouxe as cópias, mas não examinei-as ainda. → Incorreto, o advérbio de negação é fator atrativo de próclise.
B) Jamais nos enfraqueçamos diante dos obstáculos. → Correto, o advérbio é fator atrativo de próclise.
C) Quem avisou-o do adiamento das provas finais? → Incorreto, o pronome indefinido quem é fator atrativo do pronome.
D) Me disseram que as mulheres são eleitoras fidelíssimas aos seus candidatos. Será? → Incorreto, o pronome oblíquo atono me não pode iniciar oração.
GABARITO. B
A posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, lhe, vos, o[s], a[s], etc.) pode ser distintamente três: próclise (antes do verbo. p.ex. não se realiza trabalho voluntário), mesóclise (entre o radical e a desinência verbal, p.ex. realizar-se-á trabalho voluntário) e ênclise (após o verbo, p.ex. realiza-se trabalho voluntário).
Inspecionemos:
a) Trouxe as cópias, mas não examinei-as ainda.
Incorreto. O advérbio "não" atrai para perto de si o pronome "as"
b) Jamais nos enfraqueçamos diante dos obstáculos.
Correto. O advérbio "jamais" atrai para perto de si o pronome "nos";
c) Quem avisou-o do adiamento das provas finais?
Incorreto. Consoante Domingos P. Cegalla, em Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, p.184, 186 e 188, a palavra "quem" pode ser pronome relativo (p.ex.: sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos), pronome indefinido substantivo (p.ex.: ele gosta de quem o elogia) ou pronome interrogativo — usado em perguntas diretas ou indiretas (p.ex.: quem veio?/Diga-me quem veio e lhe direi um segredo). No caso presente, o pronome é interrogativo e atrai para perto de si o pronome "o". Correção: "Quem o avisou (...)";
d) Me disseram que as mulheres são eleitoras fidelíssimas aos seus candidatos. Será?
Incorreto. Não pode o pronome "me" encabeçar períodos, de modo que se deve pospô-lo ao verbo. Correção: "Disseram-me que as mulheres (...)".
Letra B