SóProvas


ID
4012015
Banca
FCC
Órgão
METRÔ-SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

         A diversidade dá o tom de Macunaíma, um dos principais textos do poeta, romancista, crítico de arte, folclorista, musicólogo e ensaísta paulistano Mário de Andrade (1893-1945). Editado em 1928, embora escrito em poucos dias no final de 1926, numa fazenda no interior de São Paulo, trata-se de leitura obrigatória para a discussão do que significa ser brasileiro.
        Mitos e lendas indígenas, sobretudo amazônicos, recolhidos e publicados pelo etnólogo alemão Koch-Grünberg, além de provérbios e registros folclóricos, são articulados de modo a construir uma espécie de alegoria nacional em torno da história de Macunaíma, o protagonista. Chamado de "herói sem nenhum caráter", sua frase preferida é "Ai, que preguiça!".
        A classificação do texto está imersa em debates desde a criação. O autor o chamou de "história" para aproximá-lo dos contos populares, mas, não satisfeito, decidiu depois considerá-lo uma "rapsódia", que significa, entre outros, “epopeia de uma nação”. A obra traça a jornada de um personagem que representa uma nacionalidade, em busca de um objetivo. Há ainda o humor, que permeia toda a narrativa.
     Defensor de uma "gramatiquinha" brasileira que desvincularia o português do Brasil do de Portugal, tendência que já vinha em andamento desde o período romântico, o livro valoriza as raízes brasileiras e o modo de falar nacional.
       Uma das figuras mais importantes da Semana de Arte Moderna de 1922, Mário de Andrade constrói sua jornada com total liberdade espacial e temporal. Macunaíma, em poucas linhas, viaja de uma parte do Brasil para outra e conversa com pessoas de épocas diferentes. E retrata um Brasil repleto de anti-heróis.



(Adaptado de: D’AMBROSIO. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/)

Alterando-se a pontuação de alguns segmentos do texto, aquele que está INCORRETO encontra-se em:

Alternativas
Comentários
  • GAB ( A )

    Não se separamos os elementos básicos: Sujeito / Verbo por meio de vírgulas.

    A) Macunaíma − em poucas linhas −, viaja de uma parte do Brasil para outra e conversa com pessoas de épocas diferentes, e retrata um Brasil repleto de anti-heróis.

    Em relação a primeira:

    A vírgula (ou ponto e vírgula) pode vir após um travessão (ou parêntese), se houver necessidade dela.  (Pestana)

    -----------------------------

    B) Chamado de "herói sem nenhum caráter", sua frase preferida é: "Ai, que preguiça!".

    Um dos usos de dois pontos é para introduzir explicações. além disso, um dos usos de aspas é para introduzir citações ou transcrições.

    ------------------------------------

    C) Mitos e lendas indígenas (sobretudo amazônicos) recolhidos e publicados pelo etnólogo alemão Koch-Grünberg...

    Os parenteses também podem ser usados para separar termos de ordem explicativa.

    --------------------------------------

    D) Mário de Andrade constrói sua jornada com total liberdade – espacial e temporal.

    Os travessões podem ser usados em termos de valor explicativo.

    Havia um homem - mendigo - sentado no banco da praça ( Spadoto, 560)

    -------------------------

    E) Editado em 1928, embora escrito em poucos dias, no final de 1926...

    Usamos vírgulas para separar termos deslocados de sua posição natural.

    equívocos? mande msg.

  • A letra E tá certa?Porque eu achei que o sentido mudou.

    No texto dá a entender que foi escrito em poucos dias no final de 1926, enquanto que na alternativa E dá a entender que somente foi escrita em poucos dias (não necessariamente em 1926).

  • GABARITO A

    Macunaíma − em poucas linhas −, viaja de uma parte do Brasil para outra e conversa com pessoas de épocas diferentes, e retrata um Brasil repleto de anti-heróis.

    acredito que o erro está na primeira vírgula que separa o sujeito do verbo, vejamos:

    Macunaíma, viaja de uma parte do Brasil para outra ...

  • Complementando o comentário do colega Matheus Oliveira.

    Em expressões de natureza explicativa, podem ser usadas vírgulas, parênteses ou travessões.

    Macunaíma − em poucas linhas −, viaja de uma parte do Brasil para outra e conversa com pessoas de épocas diferentes, e retrata um Brasil repleto de anti-heróis.

    Alternativa A

  • a A pode estar errada, mas a E tbm está. Coisa mais sem nexo

  • Macunaíma − em poucas linhas −, viaja de uma parte do Brasil para outra, e conversa com pessoas de épocas diferentes, e retrata um Brasil repleto de anti-heróis.

    , = incorreto.

    , = deveria ser utilizada (polissíndeto).

  • Galera, a vírgula antes do "E" aditivo só é facultativa quando os sujeitos forem diferentes, que não é o caso da nossa questão.

  • Marquei a letra B porque inicia com duas aspas, mas termina com uma rsrsrs

  • GAB: A

    >Primeira vírgula: ERRADA. Está separando o sujeito do seu verbo.

    >Segunda vírgula: ERRADA. Conjunções coordenadas aditivas expressas pelo conectivo 'E' não se separam. Exceção: Quando possuírem sujeitos distintos. -------- Essa exceção não é o caso da questão. Temos apenas um sujeito: Macunaíma.

    ''Macunaíma − em poucas linhas −, viaja de uma parte do Brasil para outra e conversa com pessoas de épocas diferentes, e retrata um Brasil repleto de anti-heróis.''

    Equívocos, avisem-me.