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O texto apresentado é um pequeno trecho da obra - Linhagens do Estado Absolutista - do historiador Perry Anderson
A obra citada traça o desenvolvimento dos Estados absolutistas no início do período moderno a partir de suas raízes no feudalismo europeu, avaliando suas diversas trajetórias.
Ao procurar diversificar seu trabalho, através de uma variada gama de exemplos e cenários, Perry Anderson coloca o desenvolvimento dos Estados europeus dentro das discussões sobre uma história universal, dando novo fôlego ao estudo das monarquias absolutistas e da sociedade que gestou o sistema capitalista.
“Os senhores que permaneceram proprietários dos meios de produção fundamentais em qualquer sociedade pré-industrial eram, certamente, os nobres terratenentes. Durante toda a fase inicial da época moderna, a classe dominante – econômica e politicamente – era, portanto, a mesma da época medieval: a aristocracia feudal. Essa nobreza passou por profundas metamorfoses nos séculos que se seguiram ao fim da Idade Média: mas desde o princípio até o final da história do absolutismo nunca foi desalojada de seu domínio do poder político.
As alterações nas formas de exploração feudal sobrevindas no final da época medieval estavam, naturalmente, longe de serem insignificantes. Na verdade, foram precisamente essas mudanças que modificaram as formas do Estado. Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição social tradicional."
(ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 2004, pp. 1)
Uma das alternativas apresenta corretamente o que expressa o trecho transcrito da obra de Perry Anderson
A) INCORRETA- Nas sociedades pós industriais existe a desigualdade tributária mas não é sobre ela que trata o livro Linhagens do Estado Absolutista. O autor trabalha com as desigualdades oriundas da situação de nascimento, que marcou sociedades europeias do Antigo Regime.
B) INCORRETA- A afirmativa em si está correta, mas não se refere ao trabalho de Perry Anderson. Ele trabalha com sociedades pré-industriais.
C) CORRETA- A obra apresenta uma análise bastante ampla do Antigo Regime na Europa Ocidental dos Tempos Modernos, que era caracterizado pelos privilégios sociais oriundos do nascimento e não por conquista.
D) INCORRETA- Na democracia antiga – existente na Grécia clássica – século V aC. , existia uma desigualdade de participação politica. Eram cidadãos os homens, livres e nascidos na cidade em questão. Não é esse o tema da obra de Perry Anderson. Ele trata de outra temporalidade, a partir da pesquisa de outro espaço ainda que dentro da Europa Ocidental. Ele trata dos Tempos Modernos. Ou seja, mais ou menos entre os séculos XV e XVIII.
E) INCORRETA - A afirmativa em si está correta na medida em que o modelo absolutista garante a manutenção da força política da nobreza de origem feudal mas, não é o que está expresso no trecho transcrito .
Gabarito do professor: Letra C.
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O trecho apresentado é um pequeno trecho da obra Linhagens do Estado Absolutista d o historiador Perry Anderson
A obra citada – Linhagens do Estado Absolutista- traça o desenvolvimento dos Estados absolutistas no início do período moderno a partir de suas raízes no feudalismo europeu, avaliando suas diversas trajetórias.
Ao procurar diversificar seu trabalho, através de uma variada gama de exemplos e cenários, Perry Anderson coloca o desenvolvimento dos Estados europeus dentro das discussões sobre uma história universal, dando novo fôlego ao estudo das monarquias absolutistas e da sociedade que gestou o sistema capitalista.
“ Os senhores que permaneceram proprietários dos meios de produção fundamentais em qualquer sociedade pré-industrial eram, certamente, os nobres terratenentes. Durante toda a fase inicial da época moderna, a classe dominante – econômica e politicamente – era, portanto, a mesma da época medieval: a aristocracia feudal. Essa nobreza passou por profundas metamorfoses nos séculos que se seguiram ao fim da Idade Média: mas desde o princípio até o final da história do absolutismo nunca foi desalojada de seu domínio do poder político.
As alterações nas formas de exploração feudal sobrevindas no final da época medieval estavam, naturalmente, longe de serem insignificantes. Na verdade, foram precisamente essas mudanças que modificaram as formas do Estado. Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição social tradicional."
(ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 2004, pp. 1)
Uma das alternativas apresenta corretamente o que expressa o trecho transcrito da obra de Perry Anderson
A) INCORRETA- Nas sociedades pós industriais existe a desigualdade tributária mas não é sobre ela que trata o livro Linhagens do Estado Absolutista. O autor trabalha com as desigualdades oriundas da situação de nascimento, que marcou sociedades europeias do Antigo Regime
B) INCORRETA- A afirmativa em si está correta, mas não se refere ao trabalho de Perry Anderson. Ele trabalha com sociedades pré-industriais.
C) CORRETA- A obra apresenta uma análise bastante ampla do Antigo Regime na Europa Ocidental dos Tempos Modernos, que era caracterizado pelos privilégios sociais oriundos do nascimento e não por conquista.
D) INCORRETA- Na democracia antiga – existente na Grécia clássica – século V aC. , existia uma desigualdade de participação politica . Eram cidadãos os homens, livres e nascidos na cidade em questão. Não é esse o tema da obra de Perry Anderson. Ele trata de outra temporalidade, a partir da pesquisa de outro espaço ainda que dentro da Europa Ocidental. Ele trata dos Tempos Modernos. Ou seja, mais ou menos entre os séculos XV e XVIII.
E) A afirmativa está correta , na medida em que o modelo absolutista garante a manutenção da força politica da nobreza de origem feudal mas, não é o que está expresso no trecho transcrito
RESPOSTA: C
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• Antigo Regime; • Regime aristocrático; • Poder centralizado nas mãos do monarca; • Conflitos com a burguesia; • Utilização de teóricos para justificar o poder