SóProvas


ID
4046713
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Câmara de Rio Branco - AC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Apagão Mental

   Subestimada por décadas, a ansiedade pode inviabilizar a vida social e a profissional, mas poucas pessoas buscam tratamento para aliviar os sintomas antes que cheguem ao limite. Segundo a Previdência Social, os transtornos mentais já são a terceira razão de afastamentos do trabalho no Brasil, sendo que os gastos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) giram em torno de R$ 200 milhões em pagamentos de benefícios anuais, dado que reforça a importância de se criar medidas de prevenção. Nesse contexto, a ansiedade, assim como a depressão, são os males que mais afetam as pessoas.
     Os gatilhos que desencadeiam a ansiedade são muitos. Os tipos dela, também. Desde que foi categorizada como uma patologia e inserida na terceira edição do DSM (sigla em inglês para Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a ansiedade desdobrou-se em muitos males, como fobias e alguns tipos de transtorno - do pânico, obsessivo-compulsivo, de estresse póstraumáticos, de ansiedade social ou de ansiedade generalizada, por exemplo. [...]
   Em suma, a ansiedade é entendida como um sintoma disfuncional da personalidade que acarreta em um conjunto de sensações físicas e psicológicas, um sentimento vago e desagradável de medo e tensão que surge com a antecipação de perigo ou uma apreensão em relação ao sofrimento futuro. “A pessoa que está lidando no automático com a vida ou alguma situação específica não consegue compreender o que está fazendo. Geralmente quem vive dessa maneira tem grandes chances de sofrer um episódio de pânico, desenvolver o transtorno de ansiedade generalizada ou uma fobia social. Fazer mais e mais atividades é uma tentativa de não deixar o aparelho psíquico negociar diferentes instâncias”, diz o psicanalista Claudio César Montoto. Nesse sentido, a ansiedade é uma espécie de “acúmulo de várias negligências internas com as próprias necessidades”, completa o psicólogo clínico Frederico Mattos. [...]
   Há dois tipos de crise mais comuns. O primeiro é o transtorno do pânico, caracterizado por um ataque em que, de repente, a pessoa passa a sentir falta de ar, taquicardia e chega até a sentir que vai morrer. O segundo é a ansiedade generalizada, que pode trazer tontura, tensão muscular e um medo persistente.
      Mas há uma parcela considerável de pessoas que se queixa desse problema num nível, digamos, não patológico. Por isso, entender esse sintoma passa por entender sua ambiguidade: se hoje esse distúrbio parece ser, junto com a depressão, um grande vilão do mundo moderno, ele nem sempre foi visto assim. A psicanálise e até mesmo a medicina, por exemplo, consideraram em outros tempos que esse mal era simplesmente uma condição típica do ser humano, por meio da qual ele se relaciona com o mundo. Nesse cenário, lidar com a ansiedade possibilitou ao homem aprender, por exemplo, a antecipar o risco, o que teria ajudado na sobrevivência da espécie. [...]

(Maria Beatriz Gonçalves, Adaptado de http://tab.uol.com.br/ansiedade/ -
acesso em 04 de abril de 2016)

Assinale a alternativa em que a expressão destacada tem função de conjunção integrante.

Alternativas
Comentários
  • ...sentir o que ? ISSO

  • GABARITO: E

    Troca pelo pronome demonstrativo ISSO.

    “[...] a pessoa passa a sentir falta de ar, taquicardia e chega até a sentir que vai morrer. [...]”

    “[...] a pessoa passa a sentir falta de ar, taquicardia e chega até a sentir ISSO (vai morrer). [...]”

    E para o pronome relativo só substituir por A QUAL, AS QUAIS, OS QUAIS (SEMPRE CONCORDANDO)

  • A questão é sobre conjunções e quer que assinalemos a alternativa em que a expressão destacada tem função de conjunção integrante. Vejamos:

     . 

    "QUE" conjunção integrante equivale a ISSO / ESSE (A) Ex.: Estou certo de que você passará nas provas. (= Estou certo DISSO)

    "QUE" pronome relativo equivale a O(A) (S) QUAL (IS) Ex.: O livro que eu li é ruim. (que = O QUAL)

     . 

    A) “[...] poucas pessoas buscam tratamento para aliviar os sintomas antes que cheguem ao limite [...]”

    "Que" nesse caso faz parte da locução conjuntiva "antes que". "Antes que" é classificada como conjunção subordinativa temporal.

    Conjunções subordinativas temporais: têm valor semântico de tempo, relação cronológica...

    São elas: logo que, quando, enquanto, até que, antes que, depois que, desde que, desde quando, assim que, sempre que...

    Ex.: Antes que todos chegassem, eu estudava.

     . 

    B) “[...] a ansiedade, assim como a depressão, são os males que mais afetam as pessoas. [...]”

    "Que" nesse caso é pronome relativo, retoma "os males" e equivale a "os quais".

     . 

    C) “[...] Desde que foi categorizada como uma patologia e inserida na terceira edição do DSM [...]”

    "Que" nesse caso faz parte da locução conjuntiva "desde que". "Desde que", nesse caso, é classificada como conjunção subordinativa temporal.

     . 

    D) “[...] um sentimento vago e desagradável de medo e tensão que surge com a antecipação de perigo [...]”

    "Que" nesse caso é pronome relativo, retoma "um sentimento vago e desagradável de medo e tensão" e equivale a "o qual".

     . 

    E) “[...] a pessoa passa a sentir falta de ar, taquicardia e chega até a sentir que vai morrer. [...]”

    "Que" nesse caso é conjunção integrante, introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta e equivale a "isso": "chega até a sentir o quê? ISSO".

     . 

    Gabarito: Letra E

  • verbo + que = conjunção integrante

  • Se o QUE puder ser trocado por ISSO/ISTO sem perder o sentido gramatical ele será conjunção integrante.

    gab E

  • Gabarito, Letra E:

    Conjunções Integrantes: Indicam que a oração subordinada que elas iniciam completa (complementa) o sentido da oração principal.

  • essa o macete de trocar por isso não colou ou no mínimo perderia em coesão.

  • Além de fazer a perguntar e trocar por ISSO, vale também observar se tem o verbo antes da partícula que.