A evolução, assim como a replicação do
ácido nucleico, própria da reprodução e da
autopoese — capacidade de auto-organização e
autorregeneração dos seres vivos —, é um
“tropeço para adiante”, destinado a protelar a
ameaça da dissolução termodinâmica. A maioria
dos átomos de nossos corpos é feita de
hidrogênio — o elemento que, como gás, de
acordo com os modelos astronômicos, foi
explosivamente deslocado para além dos confins
do sistema solar interno, quando o Sol se
acendeu. Hoje em dia, gases ricos em hidrogênio,
como a amônia, existem não apenas nas
atmosferas dos gigantescos planetas externos,
mas também no sistema solar interno, onde a
vida os preservou com sua mesmíssima estrutura,
desde que começou a se manter e a se reproduzir.
(MARGULIS & SAGAN, 2002, p. 92).
A vida estabelecida no planeta Terra apresenta uma base
físico-química presente, possivelmente, em outros refúgios do
Universo.
Ao considerar as condições necessárias para se reconhecer
cientificamente a possibilidade de vida em outro planeta e com
base no padrão terrestre, é possível afirmar: