Estudos anteriores sobre esta temática, na sociedade brasileira (ABREU, 2002, 2004), apontam dois eixos definidores dos perfis pedagógicos das práticas educativas em Serviço Social: a ajuda e a participação. A ajuda é o eixo que marca a constituição do Serviço Social, desde a sua institucionalização como profissão, nos Estados Unidos, na segunda década do século XX, mantendo-se até o momento atual. Surge na profissão como o conteúdo do Serviço Social de Caso, enquanto “ajuda psicossocial individualizada”, que, na formulação de Mary Richmond (1950, 1977) refere-se a um tratamento prolongado e intensivo, centrado no desenvolvimento da personalidade, com vistas na capacitação do indivíduo para o ajustamento ao mundo que o cerca. A “ajuda psicossocial individualizada” vincula-se às estratégias de reforma moral e de reintegração social impostas pelas necessidades organizacionais e tecnológicas, introduzidas com a linha de montagem nos moldes fordista e taylorista, em relação à formação de um novo tipo de trabalhador.
http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/zD3ifq80Dt7Az49Q4j7x.pdf
A “ajuda psicossocial individualizada”, como modalidade interventiva do Serviço Social, é difundida para outros países periféricos e centrais, no movimento expansionista do capital no pós-Segunda Guerra Mundial, desdobrando-se também nas modalidades de intervenção centradas nos pequenos grupos (serviço social de grupo) e na comunidade (serviço social de comunidade). É vinculada a estratégias de reforma moral e de reintegração social.
A questão também introduz a positivismo(científico, técnico, ajustador, moralizador) que de 1940 a 1960 era predominante, a partir de 1960 foi perdendo força dando origem ao movimento de reconceituação.