“As histórias que ouvimos referem-se, do início ao fim,
a velhos lugares, inseparáveis dos eventos neles ocorridos. A
casa, o bairro, algumas ruas, em geral o trajeto para a escola
e o centro da cidade são descritos de um modo dispersivo nas
lembranças várias, mas com alguns focos: o Viaduto do Chá,
a Catedral, a rua Direita, o Museu do Ipiranga (...), a Avenida
Paulista... Esses lugares são descritos sob vários pontos de
vista”.
“Em cada bairro se fazia um campeonato, juntavam dez ou
vinte clubes... A gente dizia: Em que parque vamos jogar?
Não tinham estádio, era campo livre, ninguém pagava para
ver (...) Quando foi morrendo o jogo da várzea e o futebol de
bairro, começou a se concentrar o público nos estádios”.
(BOSI, Eclea. Memória e sociedade: lembranças de velho. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995, p. 447 e 449)
O fragmento textual de Eclea Bosi integra um
importante estudo sobre a velhice, baseando-se em
depoimento de idosos acerca de suas trajetórias de vida e das
transformações que eles viram ocorrer em São Paulo, cidade
onde moravam.
Baseando-se no fragmento textual acima e nos seus
conhecimentos sobre a temática, é INCORRETO afirmar que
os testemunhos dos idosos: