Texto 4
Terrorismo
O terrorismo se originou no século I d.C., mas foi no século XXI que as ações terroristas se acentuaram e o
discurso antiterrorista virou assunto recorrente na mídia ocidental.
Os atos e ataques terroristas, segundo alguns estudiosos, tiveram início no século I d. C., quando um grupo
de judeus radicais, chamados de sicários (Homens de punhal), atacava cidadãos judeus e não judeus que eram
considerados a favor do domínio romano. Outros indícios que confirmam as origens remotas do terrorismo são os
registros da existência de uma seita mulçumana no final do século XI d. C., que se dedicou a exterminar seus
inimigos no Oriente Médio. Dessa seita teria surgido a origem da palavra assassino.
O terrorismo moderno tem sua origem no século XIX no contexto europeu, quando grupos anarquistas viam
no Estado seu principal inimigo. A principal ação terrorista naquele período visava à luta armada para constituição de
uma sociedade sem Estado – para isso, os anarquistas tinham como principal alvo algum chefe de estado e não
seus cidadãos.
Durante a segunda metade do século XIX, as terroristas tiveram uma ascensão, porém foi no século XX que
houve uma expansão dos grupos que optaram terrorismo como forma de luta. Como consequência dessa expansão,
o raio de atuação terrorista aumentou, surgindo novos grupos, como os separatistas bascos na Espanha, os curdos
na Turquia e Iraque, os mulçumanos na Caxemira e as organizações paramilitares racistas de extrema direita nos
EUA. Um dos seguidores dessa última organização foi Timothy James McVeigh, terrorista que assassinou 168
pessoas em 1995, no conhecido atentado de Oklahoma.
Com o desenvolvimento da ciência e tecnologia no século XX, as ações terroristas passaram a ter um maior
alcance e poder, através de conexões globais sofisticadas, uso de tecnologia bélica de alto poder destrutivo, redes
de comunicação (internet) etc.
No início do século XXI, principalmente após os ataques terroristas aos EUA, no ano de 2001, estudiosos
classificaram o terrorismo em quatro formas: o terrorismo revolucionário, que surgiu no século XX e seus praticantes ficaram conhecidos como guerrilheiros urbanos marxistas (maoístas, castristas, trotskistas e leninistas).
O
terrorismo nacionalista, que foi fundado por grupos que desejavam formar um novo Estado-nação dentro de um
Estado já existente (separação territorial), como no caso do grupo terrorista separatista ETA, na Espanha (o povo
Basco não se identifica como espanhol, mas ocupa o território espanhol e é submetido ao governo da Espanha).
O terrorismo de Estado é praticado pelos Estados nacionais e seus atos integram duas ações. A primeira
seria o terrorismo praticado contra a sua própria população. Foram exemplos dessa forma de terrorismo: os Estados
totalitários Fascistas e Nazistas, a ditadura militar brasileira e a ditadura de Pinochet no Chile. A segunda forma se
constituiu como a luta contra a população estrangeira (xenofobismo).
E o terrorismo de organizações criminosas, que são atos de violência praticados por fins econômicos e
religiosos, como nos casos da máfia italiana, do Cartel de Medellín, da Al Qaeda, etc.
Texto adaptado de: CARVALHO, Leandro. "Terrorismo"; Brasil Escola Disponível em <http://www.brasilescola.com/historia/terrorismo.htm>.
Segundo o texto 4 é correto afirmar: