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ID
4127263
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A maneira como arrumamos as bancas na sala de aula (em círculo ou alinhadas); as visões de família que ainda se encontram em certos livros didáticos (restritas ou não à família tradicional de classe média) são exemplos do currículo

Alternativas
Comentários
  • “Cabe destacar que a palavra currículo tem sido empregada para indicar efeitos na escola, que não estão explicitados nos planos e nas propostas e, por isso, nem sempre são claramente percebidos pela comunidade escolar. Trata-se do chamado currículo oculto, que envolve, predominantemente, valores transmitidos, subliminarmente, pelas relações sociais e pelas rotinas do cotidiano escolar.

    Fazem parte do currículo oculto, assim, rituais e práticas, relações hierárquicas, regras e procedimentos, modos de organizar o espaço e o tempo na escola, modos de distribuir os alunos por agrupamentos e turmas, mensagens implícitas nas falas dos (as) professores (as) e nos livros didáticos.

    São exemplos de currículo oculto: a forma como a escola incentiva a criança a chamar a professora (tia, fulana, professora, etc.; a maneira como arrumamos as carteiras na sala de aula (em círculo ou alinhadas), as visões discriminatórias e preconceituosas contra as pessoas com deficiência ou as pessoas negras, as imagens de família que ainda se encontram em certos livros didáticos (restritas ou não à família tradicional de classe média) ”.

    MOREIRA, Antônio Flávio B.; CANDAU, Vera Maria. Currículo, conhecimento e cultura. p. 85-112). In: BRASIL. Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Coordenação Geral de Políticas de Formação. Indagações sobre Currículo. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.

    Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag3.pdf

    GABARITO B

  • primeiro refere-se ao chamado "currículo formal" (também conhecido como currículo prescrito), que é o currículo em sua forma mais idealizada. Ele é “prescrito” porque é pensado fora das especificidades de uma sala de aula, quer dizer, vem antes do contato efetivo entre professores(as) e estudantes. Aparece, por exemplo, nas diversas formas de diretrizes curriculares (nacionais, estaduais, de educação especial etc.) e constitui-se de um conjunto de conhecimentos que a escola e o sistema de ensino julgam imprescindíveis para os(as) estudantes em determinada disciplina ou em determinado ano escolar.

    No segundo tipo, o “currículo real”, esse conjunto de conhecimentos prescritos pelas instituições de educação, ganha efetividade no dia a dia da sala de aula, nas relações que se estabelecem entre professores(as) e estudantes, nas particularidades de suas vivências e de suas maneiras de pensar. Ele é composto, por exemplo, de todas aquelas adaptações feitas cotidianamente pelo professor que percebe que um determinado assunto despertou o interesse dos(as) estudantes, ou das estratégias usadas para aproximar a temática de suas realidades.

    O terceiro, o “currículo oculto”, é constituído por todos os saberes que não estão prescritos nas diretrizes curriculares, mas que acabam por afetar, positiva ou negativamente, o processo de aprendizagem dos conhecimentos escolares. São os conhecimentos adquiridos fora da escola, com a família, os amigos; ou, ainda, no espaço escolar, nas brincadeiras dos corredores, na forma de dispôr as carteiras, na maneira de se comportar diante de professores(as) e colegas etc