ERRADO
A atropina é um alcaloide com propriedades antimuscarínicas encontrada na planta Atropa beladona (também chamada de beladona e erva-moura), sendo amplamente utilizada para a redução das respostas parassimpáticas. A atropina exerce um efeito parassimpatolítico por meio do bloqueio reversível dos receptores muscarínicos das terminações nervosas parassimpáticas. Destaca-se que esse alcaloide é utilizado para o tratamento de intoxicação por inseticidas, incontinência urinária, Doença de Parkinson, além de distúrbios oftalmológicos, respiratórios e cardiovasculares. Também faz parte da rotina pré-operatória, uma vez que reduz as secreções das vias respiratórias, e da rotina dos exames oftalmológicos, já que a midríase facilita o exame oftalmoscópico.
A ação da atropina se baseia no bloqueio reversível dos receptores muscarínicos (m1, m2, m3, m4 e m5), competindo com a acetilcolina e os colinomiméticos pelo sítio de ligação. Ressalta-se que é um bloqueio superável, isto é, o aumento da concentração dos colinomiméticos consegue superar a ação do alcaloide antimuscarínico.
Ação cardiovascular: o bloqueio dos receptores m2 na musculatura cardíaca permite um aumento da força de contratilidade e da frequência cardíaca. Esse último efeito também é favorecido pelo bloqueio dos receptores m1 pré-juncionais do nodo sinoatrial, provocando uma leve taquicardia.
Ação no Sistema Nervoso Central (SNC): nas doses comumente usadas, apresentam efeito mínimo, agindo, sobretudo, nos receptores m1, m4 e m5 dos centros bulbares parassimpáticos. É válido mencionar que a atropina foi um dos primeiros fármacos utilizados para o tratamento da Doença de Parkinson – o déficit dopaminérgico provocado pela depleção do sistema estriado dos gânglios basais provoca um excesso relativo da ação colinérgica, a qual pode ser reduzida pelo bloqueio dos receptores ao administrar esse alcaloide.
FONTE: https://www.sanarmed.com/resumo-atropina-ligas