- ID
- 4142938
- Banca
- CÁSPER LÍBERO
- Órgão
- CÁSPER LÍBERO
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- Atualidades
- Assuntos
Facebook e YouTube (Google) correram para apagar os horrores do vídeo da mesquita em
suas plataformas, mas com pouco efeito, por terem resistido à criação de estruturas capazes
de identificar e editar conteúdo na velocidade necessária.
Até hoje, não se consideram mídia, não aceitam a responsabilidade jornalística sobre o
conteúdo postado por usuários, ainda que sejam assassinos.
No caso do Facebook, através do qual o atirador transmitiu ao vivo os 17 minutos de seu
programa na Nova Zelândia, para todo o mundo, o fundador e presidente Mark Zuckerberg
ainda se manifesta declaradamente contra filtros de segurança.
“Nós não examinamos o que as pessoas falam antes que elas falem”, escrevia ele há pouco
mais de um ano, “e francamente eu não acredito que a sociedade queira que nós o façamos”.
[...]
Cobra-se, antes de mais nada, alguma forma de evitar que a facilidade da transmissão
acabe estimulando ataques semelhantes.
Nelson de Sá, “Transmissão ao vivo de ataque na Nova Zelândia amplia cerco ao Facebook”,
Folha de S.Paulo, 15/03/2019.
Na análise da qual um trecho é acima reproduzido, o jornalista Nelson de Sá critica aspectos
do funcionamento das redes sociais, em especial o Facebook e o YouTube. Sua crítica se dá no
contexto do atentado de Christchurch, na Nova Zelândia, quando um militante de extrema-direita assassinou 51 pessoas, principalmente frequentadores de uma mesquita. O assassino
divulgou o atentado numa transmissão ao vivo pelo Facebook, assistida por milhares de
pessoas. De acordo com o texto, é correto afirmar que Nelson de Sá defende a ideia de que
nas redes sociais haja: