Antítese = palavras com sentido contrário/ dualidade
Metonímia = substituição semântica
Metáfora = fazer comparações por semelhança. É o uso de uma palavra com o significado de outra. ... Consiste no uso de uma palavra ou uma expressão em um sentido incomum, manifestando de maneira implícita uma relação de semelhança entre dois termos.
Catacrese = metáfora já absorvida no uso comum da língua, de emprego tão corrente que não é mais tomada como tal, e que serve para suprir a falta de uma palavra específica que designe determinada coisa.
Anacoluto = sentença quebrada, estrutura sintática de uma oração é interrompida e um termo ou expressão que parecia ser essencial à sentença acaba ficando solto. Em seu lugar, é colocada outra palavra, oração ou período.
Em palavras breves, as figuras de linguagem são recursos expressivos utilizados com objetivo de gerar efeitos no discurso. Dentro do extenso grupo em que se arrolam esses recursos, existem quatro subdivisões: figura de palavra, figura de construção, figura de sintaxe e figura de som.
O enunciado direcionou de forma segura o aluno à resposta quando exigiu a análise de duas palavras do fragmento abaixo:
“Eu preparo uma canção / que faça acordar os homens / e adormecer as crianças.”
Essa contraposição de uma palavra ou frase a outra de significação oposta é característica inerente à antítese. Exs.:
“Amigos e inimigos estão, amiúde, em posições trocadas.” (Rui Barbosa)
“A vida e a morte combatiam surdas/No silêncio e nas trevas do sepulcro.” (Fagundes Varela)
a) Antítese.
Correto. Vide detalhamento acima;
b) Metonímia.
Incorreto. A metonímia define relações reais de ordem qualitativa que levam a empregar metonimicamente uma palavra por outra, a designar uma coisa com o nome de outra. Ex.: ler Machado de Assis (o livro de Machado de Assis), beber o copo de cachaça (beber a cachaça).
c) Metáfora.
Incorreto. A metáfora é recurso expressivo demasiadamente portentoso e, do ponto de vista puramente formal, consiste na transferência de um termo para uma esfera de significação que não é sua, normalmente em virtude de uma comparação implícita, ou seja, que não apresenta elementos comparativos do tipo "como", "qual", "tal como", "tal qual". Exs.:
“Incêndio — leão ruivo, ensanguentado.” (Castro Alves)
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Pessoa)
Todavia, nem sempre está implícita essa comparação, como se veem nos exemplos a seguir extraídos de Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara: “sol da liberdade”, “vale de lágrimas”, “negros pressentimentos”, “não ponha a carroça diante dos bois”.
d) Catacrese.
Incorreto. É metáfora desgastada pelo uso à qual se recorre na falta de um termo específico ou em virtude do esquecimento deste. Exs.: embarcar num trem, azulejos verdes, enterrar farpa no dedo, calçar as luvas.
e) Anacoluto.
Incorreto. Define-se como o rompimento da estruturação lógica da oração. Exs.:
“O relógio da parede eu estou acostumado com ele.” (Rubem Braga)
“Essas criadas de hoje, não se pode confiar nelas.” (Aníbal Machado)
“Eu, não me importa a desonra do mundo.” (Camilo Castelo Branco)
Letra A