Um homem de 52 anos de idade foi internado para tratamento de insuficiência cardíaca descompensada, após ter procurado o serviço de atendimento de emergência com queixas de falta de ar aos pequenos esforços, crises súbitas de dificuldade para respirar à noite e edema em membros inferiores iniciados há três semanas. Há 4 anos, ele recebeu diagnóstico de linfoma, com tratamento por meio de quimioterápicos. Na internação atual, o exame físico desse paciente revela ingurgitamento jugular a 45º, ritmo cardíaco irregular (extrassístoles), murmúrios vesiculares diminuídos em base esquerda, sem ruídos adventícios. O paciente apresenta-se consciente, orientado e hipocorado (+/4+), com abdome globoso, doloroso à palpação de hipocôndrio direito, fígado a 2 cm do rebordo costal, ruídos hidroaéreos presentes. Sua pressão arterial foi de 80 mmHg × 60 mmHg; frequência cardíaca de 70 batimentos por minuto; frequência respiratória de 26 movimentos por minuto; e saturação de oxigênio de 96%. Seus membros inferiores apresentam edema bilateral (+/4+), os pulsos encontram-se diminuídos e as extremidades frias. O paciente apresenta também diminuição do débito urinário, sente-se facilmente fatigado e relata persistência do esforço respiratório noturno, fraqueza, tosse, noctúria, dificuldades para adormecer e para permanecer dormindo. A radiografia do tórax mostrou aumento de área cardíaca, sem congestão pulmonar. Iniciou-se suporte com oxigênio sob cânula nasal e colheu-se sangue para exames. Instalou-se cateter central para avaliação da pressão venosa central (PVC) e infusão de aminas vasoativas.
Com base nesse caso clínico, julgue o item.
Conforme a taxonomia II da NANDA, por meio dos valores da
pressão arterial, das características dos pulsos e da necessidade
de drogas vasoativas que esse paciente evidenciou, é possível
se estabelecer um diagnóstico de enfermagem denominado
choque cardiogênico.