GABARITO-E
A anáfora é uma figura de linguagem que está intimamente relacionada com a construção sintática do texto. Por esse motivo, ela é chamada de figura de sintaxe.
A anáfora ocorre por meio da repetição de termos no começo das frases (ou dos versos). É um recurso estilístico muito utilizado pelos escritores na construção dos versos com o intuito de intensificar uma expressão.
"É preciso casar João,
é preciso suportar, Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.
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Para quem foi de letra a)
O que a difere do polissíndeto é que essa repetição pode ser de palavras ou expressões, e não somente de elementos conectivos. Geralmente, a anáfora aparece no início das frases.
Para compreender melhor, veja abaixo um exemplo de anáfora e polissíndeto:
"E o olhar estaria ansioso esperando
E a cabeça ao sabor da mágoa balançando
E o coração fugindo e o coração voltando
E os minutos passando e os minutos passando..."
("O olhar para trás", Vinícius de Moraes)
Acima, temos um exemplo em que as duas figuras de linguagem estão presentes por meio da repetição da conjunção "e".
Fonte: Toda matéria
Em palavras breves, as figuras de linguagem são recursos expressivos utilizados com objetivo de gerar efeitos no discurso. Dentro do extenso grupo em que se arrolam esses recursos, existem quatro subdivisões: figura de palavra, figura de construção, figura de sintaxe e figura de som.
O fragmento a ser inspecionado:
"Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto [...]
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem."
Perceba que as estruturas em negrito repetem-se amiúde no decurso dos versos. A essa repetição de uma palavra ou grupo de palavras no início de duas ou mais frases sucessivas, para enfatizar o termo repetido, dá-se o nome de anáfora.
a) polissíndeto.
Incorreto .É a repetição de conectivos coordenativos — normalmente se repetirão as conjunções “e”, “ou” e “nem”. Exs.:
“Do claustro, na paciência e no sossego,/Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!” (Olavo Bilac)
“Em seguida dei de ombros, convencido de que o Geremário tinha razão e tinha razão a boda, e os filhos do cego tinham razão, e todo mundo tem razão.” (Monteiro Lobato)
“Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge.” (Rubem Braga)
b) anacoluto.
Incorreto. Caracteriza o rompimento da estruturação lógica da oração. Exs.:
“O relógio da parede, eu estou acostumado com ele.” (Rubem Braga)
“Essas criadas de hoje, não se pode confiar nelas.” (Aníbal Machado)
c) aliteração.
Incorreto. É a repetição de fonema vocálico (em relação a vogais) ou consonântico (em relação a consoantes) igual ou parecido, para descrever ou sugerir acusticamente o que temos em mente, quer por meio de uma só palavra, quer por unidades mais extensas.
“Bramindo o negro mar, de longe brada.” (Luís de Camões)
“Vozes veladas, veludosas vozes [...].” (Cruz e Sousa)
“Boi bem bravo. Bate baixo, bota baba, boi berrando.” (Guimarães Rosa)
d) assíndeto.
Incorreto. Opondo-se ao polissíndeto, o assíndeto define a ausência de conectivo interligando as frases. Observe, no exemplo a seguir, que se ocultou a conjunção aditiva "e" após o segundo verbo (vi). Ex.: "Vim, vi, venci" (Júlio César).
e) anáfora.
Correto. Vide detalhamento inicial.
Letra E