- ID
- 4204042
- Banca
- UNICENTRO
- Órgão
- UNICENTRO
- Ano
- 2017
- Provas
- Disciplina
- Sociologia
- Assuntos
Grande parte das pessoas que vivem no mundo hoje tem um desejo incessante por novidade. Esta é uma das
conclusões da jornalista e escritora de comportamento americana Winifred Gallagher em seu recente livro New:
Understanding Our Need for Novelty and Change (Novo, Entendendo Nossa Necessidade de Novidade e Mudança, sem
edição brasileira). Winifred recorre a disciplinas como neurociência, biologia evolutiva e psicologia para explicar por que
temos essa quedinha natural por tudo o que é diferente.
Segundo a autora, esse comportamento se baseia no que ela chama de emoções do conhecimento: a surpresa, a
curiosidade e o interesse pelas coisas do mundo. “Assim como o pensamento, elas nos impulsionam a aprender”, diz.
Essa vontade de conhecer o desconhecido tem seu lado positivo. Atualmente essa curiosidade pode colocar você à frente
no mercado de trabalho e tornar sua vida, no mínimo, menos tediosa. Porém, como tudo em excesso, ela também faz mal.
Em uma era de velocidade da informação — temos hoje 4 vezes mais dados em e-mails, tweets, música, vídeos e mídia
tradicional do que há 30 anos — temos de controlar nosso instinto novidadeiro, antes que ele nos controle. “É preciso
filtrar as coisas, senão nem as 24 horas do dia serão suficientes para tantas novidades”, afirma a autora. Ela acredita que
devemos continuar a ser atraídos e surpreendidos pelo mundo, sempre. Mas que é preciso se focar naqueles novos
pensamentos, sons, cheiros e sentimentos que, de alguma maneira, realmente importam para cada um. “Deixe de ser um
mero buscador do novo para se tornar conhecedor dele”, afirma. Ou seja: filtre sua sede por novidade e beba somente o
que há de melhor.
Disponível em:<http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI299866-17933,00-ESCRITORA+INVESTIGA+A+NEOFILIA+NOSSO+DESEJO+PELO+DESCONHECIDO.html>
(com adaptações)