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ID
4207549
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
HUB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

Com relação à fisiologia e à fisiopatologia dos sistemas respiratórios em pacientes neurocríticos, julgue o item a seguir.

Para evitar vasodilatação dos vasos sanguíneos cerebrais, é recomendado que o controle da pressão parcial de gás carbônico no sangue arterial (PaCO2), em pacientes com acidente vascular cerebral do tipo hemorrágico (AVCh), seja feito com manejo ventilatório do paciente, por meio de hipercapnia permissiva.

Alternativas
Comentários
  • Hipercapnia permissiva não evita a vasodilatação, mas sim a vasoconstrição.

    PaCO2 elevada mantém os vasos dilatados evitando zonas de penumbra.

    Será permissivo a hipocapnia em casos de herniação cerebral, com monitorização...

  • A hipercapnia permissiva é uma nova estratégia de ventilação mecânica envolvendo redução do volume corrente (4-8 mL/kg) sem alteração da freqüência respiratória, levando a uma redução da hiperdistensão alveolar, diminuição da pressão nas vias aéreas e aumento da PaCO2, com conseqüente acidose respiratória, a fim de diminuir a pressão transalveolar. Vários estudos clínicos demonstraram que níveis elevados da PaCO2, são bem tolerados, além de comprovarem declínio nas taxas de mortalidade em doentes com SARA. Feihl e Perret, após detalhada revisão dos efeitos fisiológicos e fisiopatológicos da hipercapnia e do estudo e avaliação da tolerância à acidose respiratoria grave, concluíram que a hipercapnia representa uma interessante opção para doentes em ventilação mecânica, uma vez que permite adequada oxigenação e previne os efeitos adversos relacionados a excessivas pressões na via aérea (barotrauma). Entretanto, há necessidade de um ajuste intracelular aos níveis elevados da PCO2, razão pela qual a elevação do CO2 plasmático deve ocorrer de forma gradual, geralmente em 12 horas, e não superior a 10 mmHg/hora até um nível máximo de 80 ¾ 100 mmHg, mantendo oxigenação adequada com SaO2 > 90% e um Ph tolerável (7,2 ¾ 7,3).

    Entretanto, existem efeitos deletérios decorrentes da hipercapnia, tais como a elevação aguda da pressão intracraniana em doentes com lesão cerebral, a ocorrência de hipertensão moderada, aumento do trabalho cardíaco e aumento da resistência vascular pulmonar. Assim, a utilização deste método está contra-indicado em doentes com traumatismo crânio-encefálico grave, alterações cérebro-vasculares, doença arterial coronariana grave e insuficiência cardíaca congestiva