SóProvas


ID
4838182
Banca
CETREDE
Órgão
Prefeitura de Juazeiro do Norte - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Soneto


Aquela triste e leda madrugada,

cheia toda de mágoa e piedade,

enquanto houver no mundo saudade,

quero que seja sempre celebrada.

Ela só, quando amena e marchetada saía,

dando ao mundo claridade,

viu apartar-se duma outra vontade,

que nunca poderá ser apartada.

Ela só viu as lágrimas em fio,

que duns e doutros olhos derivadas,

se acrescentaram em grande largo rio.

Ela viu as palavras magoadas

que puderam tornar o fogo frio,

e dar descanso às almas condenadas.

Luís Vaz de Camões

A expressão [...] às almas condenadas exerce a função sintática de

Alternativas
Comentários
  • Ela viu as palavras magoadas

    que puderam tornar o fogo frio,

    e dar descanso às almas condenadas.

    O verbo dar é bi transitivo, quem dá, dá, alguma coisa descanso (objeto direto )A alguém ás almas condenadas (objeto indireto).

    GABARITO. E

  • A questão é sobre sintaxe e quer saber qual a função sintática do termo destacado em "e dar descanso às almas condenadas.". Vejamos:

     . 

    A) adjunto adnominal.

    Errado.

    Adjunto adnominal: é ligado diretamente ao substantivo procurando caracterizá-lo, determiná-lo ou individualizá-lo. São representados por artigo, numeral, pronome, adjetivo e locução adjetiva.

    Ex.: Os cinco melhores estudantes passaram. (“os” é artigo, “cinco” é numeral, “melhores” é adjetivo, “estudantes” é o substantivo e o núcleo do adjunto adnominal)

     . 

    B) adjunto adverbial.

    Errado.

    Adjunto adverbial: é sempre um advérbio ou uma locução adverbial. Caracteriza melhor a ação expressa pelo verbo, acrescentando ou especificando uma circunstância qualquer (modo, lugar, tempo...)

    Ex.: Nós estudamos muito bem ontem no curso. (“muito” é adjunto adverbial de intensidade. “bem” é adjunto adverbial de modo. “ontem” adjunto adverbial de tempo. “no curso” adjunto adverbial de lugar.)

     . 

    C) complemento nominal.

    Errado.

    Complemento Nominal: é o termo que completa o sentido de um nome (advérbio, substantivo ou adjetivo), ligando-se a eles por meio de preposição.

    Ex.: A leitura do livro foi rápida. (“leitura” é substantivo. “do livro” é complemento nominal”)

    A comida do restaurante estava cheia de mofo. (“cheia” é adjetivo. “de mofo” é complemento nominal)

    Eles agiram favoravelmente ao povo. (“favoravelmente” é advérbio. “ao povo” é complemento nominal)

     . 

    D) objeto direto.

    Errado.

    Objeto direto: se liga diretamente a verbos transitivos diretos (VTD) e verbos transitivos diretos e indiretos (VTDI).

    Ex.: Comprei um dicionário. (“comprei” é verbo transitivo direto. “um dicionário” é o objeto direto)

     . 

    E) objeto indireto.

    Certo. "Às almas condenadas" é um objeto indireto. "Descanso" é um objeto direto. O verbo "dar", nesse caso, é transitivo direto e indireto (exige um objeto direto e um objeto indireto): dar algo A alguém. Dar descanso A quem? AS almas condenadas = A + AS = ÀS (dar descanso ÀS almas condenadas).

    Objeto indireto: é o termo preposicionado que completa o sentido de um verbo transitivo indireto (VTI) ou de um verbo transitivo direto e indireto (VTDI).

    Ex.: Eu confio em Deus. (“confio” é VTI. “em Deus” é objeto indireto)

    Já em “Eu tenho confiança em Deus”, “em Deus” é complemento nominal, pois está ligado ao substantivo “confiança”.

     . 

    Gabarito: Letra E

  • GABARITO E

    dar descanso às almas condenadas.

    Dar algo = Descanso ( OD )

    A alguém ( OI ) = às almas condenadas.

    Bons estudos!

  • GABARITO: LETRA E

    OBJETO DIREITO E INDIRETO

    OBJETO DIRETO:

    É o termo que completa o sentido de um verbo sem necessitar de preposição.

    Ex.: Aquela menina fez algo terrível.

    Ex.: Trouxeram canetas para os candidatos.

    TIPOS DE OBJETO DIRETO:

    OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO: objeto direto que recebe uma preposição para mudar o sentido sem alterar a transitividade.

    Ex.: O fiel comeu do pão da vida.

    OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO: nesse caso, emprega-se um termo que retoma o objeto direto, o que cria duas formas (por isso, pleonástico).

    Ex.: O processo, nós o escrevemos ontem.

    OBJETO DIRETO COGNATO: objeto que possui a mesma raiz do verbo da oração.

    Ex.: Adamastor morreu uma morte triste.

     

    APAGAMENTO DO OBJETO DIRETO: faz-se a elipse do objeto quando contexto

    permite compreender sua presença semântica.

    Ex.: -Você comprou o carro?

    - Comprei. (Subentende-se o emprego do termo “carro”)

    OBJETO DIRETO ORACIONAL: trata-se de uma oração que possui a função de objeto direto.

    Ex.: Aquele homem maluco diz que foi traído.

    OBJETO INDIRETO:

    Termo que completa o sentido de um VERBO TRANSITIVO INDIRETO. Atente nesse caso para a presença da preposição.

    Ex.: O Governo precisa de novos rumos.

     

    OBJETO INDIRETO ORACIONAL: trata-se de uma oração que desempenha a função de objeto indireto.

    Ex.: Márcia gosta de que limpem a casa com cuidado.

     

    RESUMO ELABORADO POR AULAS DO PROF. PABLO JAMILK.

  • Conhecendo as regras a pessoa já mata de cara, vendo que o complemento está com crase, logo já sabemos que é Objeto indireto.