O uso de anticoncepcional injetável mensal podem causar
acidentes vasculares, tromboses venosas profundas ou infarto do miocárdio,
sendo que o risco é maior entre fumantes (mais de 20 cigarros/dia), com 35 anos
ou mais. No caso apresentado pela banca a paciente tem 38 anos e fuma de
30 a 40 cigarros. Portanto a enfermeira fez orientação correta para a paciente.
A enfermeira respeitou a autonomia e o direito da paciente para
escolher, porém para isso poder ocorrer a profissional de saúde
precisa explicar os ricos e benefícios do método contraceptivo. Alternativa A
está errada.
A beneficência é o princípio segundo o qual qualquer tratamento de
saúde deve ter em vista fazer o maior bem possível e evitar todo e qualquer
mal. Nesse caso ela não primou pela beneficência, mas sim pela
não maleficência, porque ela não apresentou o
melhor método contraceptivo mas sim explicou porque o anticoncepcional injetável
mensal não é aconselhável. Logo a não maleficência desenvolve-se
a partir do princípio da beneficência, nela nenhum mal deve ser causado
intencionalmente. Alternativa B está errada e a C está correta.
O princípio da equidade não se aplica a questão apresentada,
portanto a alternativa D está errada.
A enfermeira contraindicou claramente a escolha da paciente. Alternativa E
está errada.
Gabarito do Professor: Letra C
Bibliografia
Finotti, Marta Manual de anticoncepção / Marta Finotti. -- São
Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
(FEBRASGO), 2015.
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
O princípio da autonomia requer que os indivíduos capacitados de deliberarem sobre suas escolhas pessoais, devam ser tratados com respeito pela sua capacidade de decisão. As pessoas têm o direito de decidir sobre as questões relacionadas ao seu corpo e à sua vida. Quaisquer atos médicos devem ser autorizados pelo paciente.
A beneficência é o princípio segundo o qual qualquer tratamento de saúde deve ter em vista fazer o maior bem possível e evitar todo e qualquer mal. refere-se à obrigação ética de maximizar o benefício e minimizar o prejuízo.
O profissional deve ter a maior convicção e informação técnica possíveis que assegurem ser o ato médico benéfico ao paciente (ação que faz o bem).
Como o princípio da beneficência proíbe infligir dano deliberado, esse fato é destacado pelo princípio da não-maleficência que estabelece que a ação do médico sempre deve causar o menor prejuízo ou agravos à saúde do paciente (ação que não faz o mal).
É universalmente consagrado através do aforismo hipocrático primum non nocere (primeiro não prejudicar), cuja finalidade é reduzir os efeitos adversos ou indesejáveis das ações diagnósticas e terapêuticas no ser humano.
O princípio da justiça estabelece como condição fundamental a eqüidade: obrigação ética de tratar cada indivíduo conforme o que é moralmente correto e adequado, de dar a cada um o que lhe é devido. O médico deve atuar com imparcialidade, evitando ao máximo que aspectos sociais, culturais, religiosos, financeiros ou outros interfiram na relação médico-paciente. Os recursos devem ser equilibradamente distribuídos, com o objetivo de alcançar, com melhor eficácia, o maior número de pessoas assistidas.
FONTE: http://www.bioetica.org.br/?siteAcao=Publicacoes&acao=detalhes_capitulos&cod_capitulo=53&cod_publicacao=6