Sem entrar em pormenores, a concordância verbal diz respeito à correta flexão do verbo (em número e pessoa) a fim de concordar com o sujeito. Esporadicamente, no entanto, foge-se à regra geral e faz-se a concordância de modo distinto: em determinados casos, concorda-se com o predicativo (p.ex.: são cinco de outubro).
Inspecionemos o trecho:
“Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 350 milhões de pessoas sofrendo com depressão no mundo”.
Leiamos agora as alternativas:
a) adequada, pois, em se tratando de expressões numéricas aproximativas, o verbo deve concordar com o numeral.
Correto. Acrescentam-se ainda as expressões que reclamam o verbo no plural: "cerca de", "menos de", etc.
b) adequada, pois, quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada, o verbo deve concordar com a ideia de plural implícita que existe na expressão “mais de um”
Incorreto. Não se dá por esse motivo a flexão do verbo no plural (já foi exposto o porquê); ademais, cita-se: a expressão "mais de um", em geral, reclama verbo no singular:
"Mais de um jornal fez alusão nominal ao Brasil." (Alexandre Herculano)
No entanto, existindo reciprocidade de ação, pluralizar-se-á o verbo:
"Mais de um político de princípios adversos deram-se as mãos naquela crise medonha do país." (Carneiro Ribeiro)
c) inadequada, pois o verbo deve concordar com a expressão “mais de” que indica quantidade aproximada.
Incorreto. A concordância, consoante visto, está adequada;
d) inadequada, pois o verbo deve concordar com o sujeito sintático “a Organização Mundial de Saúde”.
Incorreto. A concordância, consoante visto, está adequada;
e) inadequada, pois o verbo “existir", assim como o verbo “haver”, é impessoal, devendo, portanto, ficar no singular.
Incorreto. A concordância, consoante visto, está adequada. Além disso, o verbo "existir" é pessoal, ou seja, tem sujeito.
Letra A