SóProvas


ID
4877959
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    É difícil pensar na finitude humana, por trazer à tona a visão escatológica do fim do mundo da nossa tradição judaico-cristã. Ela representa sinais inevitáveis de que todos os seres vivos são finitos, todos vamos morrer e temos um final, mas o medo da morte dispara o nosso mecanismo de defesa contra o absurdo de não querer morrer. No fundo, ninguém acredita em sua própria morte, como disse Freud: “no inconsciente cada um de nós está convencido de sua própria imortalidade”. Apesar dessa negação, a morte nos dá sinais com frequência, porque está em nós o medo do abandono, da doença, da velhice, da violência e das incertezas da vida e seus conflitos.
    Então, para superar a negação da morte, precisamos aceitar que ela é um fenômeno impossível de não acontecer, que não se importa se somos religiosos, ateus, pobres e ricos ou menos ainda se alguém será enterrado como indigente ou em um mausoléu construído para sepultar uma figura importante. Entretanto, podemos aprender a lidar com isso de maneira pacífica: buscando o conforto na fé e nas crenças que acreditam na continuação da vida depois da morte, ou encontrar na sabedoria e na espiritualidade não apenas respostas sobre a finitude, mas sobre o sentido da vida, com seus encantos e desencantos.
    Hoje, em nossa civilização, estão presentes duas grandes forças antagônicas, segundo o psicanalista Erich Fromm: a orientação necrófila (amor à morte) e a orientação biófila (amor à vida). A primeira considera a morte de estranhos e de inimigos um fato insólito, exaltando as enfermidades, os desastres, os homicídios, etc., que causam mortes. A orientação biófila, porém, revela-se nos seres humanos que celebram que todos os organismos vivos ______ direito ____ vida. Eles lutam para preservar a vida e compreender a morte como processo da nossa biofilia. Além disso, as pessoas biófilas amam a vida e são atraídas pela sua energia beneficiente e beleza em todas as dimensões, preferindo a pacificação à destruição.
    Assim, passamos a ter a percepção de finitude humana, mas não pela razão fria e calculista que estabelece a condição niilista de vida e morte, presente em criaturas que prefaciam não existir tempo suficiente para concretizar todos seus desejos e ambições, vivendo a sensação feral e débil diante da vida. A finitude e seus sinais se impõem pela nossa realidade involuntária de haver nascido e ter que morrer. Contudo, nascemos livres para dar sentido à vida e entender os dilemas da existência humana. É como afirmou Leon Tolstói: “quando se pensa na morte, a vida tem menos encantos, mas é mais pacífica”.
    Enfim, para nos desprender da tensão entre a vida e a morte, é necessária a capacidade de transcender, de se elevar acima dessa dicotomia, já que temos a potência para desenvolver a nossa consciência e sentimentos, que nutrem de significados a nossa existência nos planos material e espiritual.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em:
https://www.contioutra.com/quando-se-pensa-na-morte-a-vida-tem-
menos-encantos-mas-e-mais-pacifica/. Acesso em: 17/07/2019.)

No excerto “todos vamos morrer e temos um final, mas o medo da morte dispara o nosso mecanismo de defesa contra o absurdo de não querer morrer”, se o termo “todos” fosse substituído por “eu”, quantas palavras ao todo precisariam ter a grafia modificada para garantir a correta concordância verbo-nominal?

Alternativas
Comentários
  • A banca considerou o pronome eu na conta, foi?

  • Ao meu ver, o gabarito correto seria a letra C

    Todos vamos morrer e temos um final, mas o medo da morte dispara o nosso mecanismo de defesa contra o absurdo de não querer morrer

    Eu vou morrer e tenho um final, mas o medo da morte dispara o meu mecanismo de defesa contra o absurdo de não querer morrer.

  • A questão não explica se é para considerar a substituição pelo "EU" ou não. Aí fica difícil!!! Questão mal formulada de propósito só para ferrar os candidatos.

  • Questão mal explicada para resolução.

  • Pegadinha do malandro .kk

  • Questão mal formulada.

  • EU VOU morrer e TENHO um final, mas o medo da morte dispara o MEU mecanismo de defesa contra o absurdo de não querer morrer.  GAB (D)

  • Ao todo realmente são 04

  • "quantas palavras ao todo precisariam ter a grafia modificada para garantir a correta concordância verbo-nominal?"

    Se o termo 'todos' fosse substituído por 'eu', eu precisaria mudar 3 palavras para garantir a concordância.. não faz sentido contar com o próprio pronome.

  • Essa questão caberia recurso, QUESTÃO MAL FORMULADA!!!!

  • primeira vez que vejo uma questão nesse nipe, que contabilizou até a palavra que ela mesma forneceu.

  • bom pessoal, a questão trás claramente " quantas palavras precisam ser mudadas AO TODO'', resposta:4

  • consulplan

  • A Consuplan gosta de fazer esse joguinho sujo, não é a primeira questão com essa gracinha.

    “todos vamos morrer e temos um final, mas o medo da morte dispara o nosso mecanismo de defesa contra o absurdo de não querer morrer”

  • Ao meu ver, é passível de recurso.

    A banca não deixa claro se é para incluir ou não a referida palavra que ela pediu para substituir.

  • Letra D

    "quantas palavras ao todo"

  • quantas palavras ao todo precisariam ter a grafia modificada para garantir a correta concordância verbo-nominal?

  • Jogo sujo.

  • eu contou ? ta de sacanagem kkkkkkkkkkkk

  • Entendo que o gabarito está errado, passível de recurso, pois a pergunta é clara: "se o termo “todos” fosse substituído por “eu”, quantas palavras precisariam ter a grafia modificadas para garantir a correta concordância verbo-nominal", o eu foi trocado e as outras palavras modificadas para fazer a concordância.
  • Isso não é pegadinha, é INCOMPETÊNCIA em formular a questão. A palavra do enunciado NUNCA é contabilizada.
  • Este tipo de questão é recorrente no Instituto Consulplan. Quando não é para incluir na contagem a palavra que introduz a modificação ela informa expressamente no enunciado.

  • Banca engraçada da poxa, uns enunciados ela manda contar, outros ela não manda, porém conta.

    Exemplo: Q1811304 (incluindo na contagem o termo a ser flexionado por determinação do enunciado).

  • todos vamos morrer e temos um final, mas o medo da morte dispara o nosso mecanismo de defesa contra o absurdo de não querer morrer”

    " eu vou morrer e tenho um final, mas o medo da morte dispara o meu mecanismo de defesa contra o absurdo de não querer morrer "

    gabarito : d) quatro

    " O importante é nunca desistir "