Depois das teorias críticas e pós-críticas do currículo,
torna-se impossível pensar o currículo simplesmente
através de conceitos técnicos como os de ensino
e eficiência ou de categorias psicológicas como as
de aprendizagem e desenvolvimento ou ainda de
imagens estáticas como as de grade curricular e lista de
conteúdos. Num cenário pós-crítico, o currículo pode ser
todas essas coisas, pois ele é também aquilo que dele
se faz. O currículo tem significados que vão muito além
daqueles aos quais as teorias tradicionais nos confiaram.
O currículo é lugar, espaço e território. O currículo é
relação de poder. O currículo é trajetória, viagem e
percurso. [...] O currículo é documento de identidade.
SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de identidade: uma
introdução às teorias de currículo. Belo Horizonte: Autêntica,
2003 (Adaptação).
Considerando a definição de currículo, avalie as
afirmações a seguir.
I. A construção do currículo constitui um processo
de seleção cultural, o que pode colocar em
desvantagem determinados grupos sociais e
culturais.
II. O sistema educativo confere ao currículo
efetividade que envolve múltiplas relações, razão
pela qual este deve ser considerado práxis e sua
materialização corresponde à forma como foi
idealizado.
III. As teorias críticas reconhecem a estética de
poderes diversos diluídos nas relações sociais,
conferindo ao currículo a função de atuar em
processos para a inclusão escolar.
IV. É desafio da escola incluir no currículo
experiências culturais diversificadas que não
reproduzem estruturas de vida social em suas
assimetrias e desigualdades.
Estão corretas as afirmativas: